segunda-feira, abril 21, 2025
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Rodolfo Lucas e a vocação mogimiriana de superação

Quantas histórias de superação Mogi Mirim não escreveu em 251 anos. De todos os tipos, carregamos esta aptidão para superar as dificuldades. Entre os milhares de exemplos, ilustramos esta fibra mogimiriana com o roteiro de Rodolfo Luís Bertassoli Lucas. Em 13 de junho de 2011, em Arlington, cidade próxima a Washigton D.C., nos EUA, ele caminhava com seu cachorro de estimação quando sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Ficou com sequelas, sobretudo no lado direito de seu corpo. Foi um duro golpe na vida de jogador de futebol universitário, construída nos Estados Unidos. No retorno ao Brasil, a avaliação médica era de limitações profundas, em que o melhor cenário seria a cadeira de rodas. De sua memória foram apagados quatro idiomas que falava com fluência. Uma barreira gigante? Sim. Mas não um obstáculo suficiente para parar Rodolfo.

Fez muita fisioterapia, indo não só além do prognóstico, como abandonando até a bengala e, claro, retornando a fazer o que ama: praticar esporte. Foi assim que inseriu a natação, a corrida e a musculação em sua nova rotina. Também houve ênfase ao tênis de mesa, modalidade em que se desenvolveu ao lado da equipe do Clube Mogiano.

Mesmo com os movimentos limitados no lado direito, soube aprender a ter o lado esquerdo como sua força e foi conquistando seu espaço em áreas que antes não passavam pela sua imaginação. O foco atual, por exemplo, é uma modalidade que não é apenas seu principal engajamento, mas um combustível em seu processo constante de reabilitação. “Hoje estou treinando paraequestre em Araras, adestramento, grau 4”, conta Rodolfo. Ele já alcançou o primeiro lugar em competições que participa.

Neste ano, disputaria o Paulista e o Brasileiro, mas, com a pandemia de Covid-19, tudo mudou. E até para melhor. O sonho de ir à Paralimpíada de Tóquio neste ano, que já estava encerrada, ganhou uma nova perspectiva. Com o adiamento para 2021, duas novas vagas foram abertas e ele segue com o objetivo na mente. “O foco é ir para a Paralimpíada, buscando o índice e tentando uma vaga na seleção (brasileira)”.

E quem é que vai duvidar deste mogimiriano que, mesmo que não quisesse, é sempre exemplo de superação para todos nós? No ano em que se completará uma década da mudança mais brusca em sua vida, Rodolfo pode atingir um objetivo que talvez fosse impossível para aquele Rodolfo. Nesta nova versão, melhorada através de sua luta diária, o auge pode ser registrado com a bandeira de Mogi Mirim pela primeira vez em uma prova hípica de Paralimpíada. Força, Rudy!

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