Um mogimiriano vive a adrenalina das competições de velocidade. Rodrigo Faiad nasceu em São Paulo, em 1977, mas vive em Mogi Mirim desde os cinco anos. É empresário e concilia as atividades profissionais e pessoais com uma paixão. A relação com o esporte a motor começou aos 18 anos, quando comprou a primeira moto, uma DT 180.
Desde então fazia trilhas pela região, tendo as áreas de Itapira e Águas de Lindóia como os pontos principais. “Depois de alguns anos conheci uma pessoa de nome Toncá, que fazia enduro de regularidade de moto e nunca mais parei de competir”, contou Faiad ao O POPULAR.
Fez mais de oito edições de Enduro das Montanhas, várias provas de enduro de velocidade chamado de Enduro FIM, além do Enduro Cerapió, que é o maior enduro de regularidade do mundo. De 1995 a janeiro de 2014, as competições sempre foram em duas rodas e off road. “Fui convidado por um amigo (Nuno Fojo) a conhecer o UTV, uma espécie de ‘Bug’, porém, com uma estrutura de fabricação muito superior a qualquer veículo off road, com suspensão especial, gaiola para proteção em capotamento, motorização específica e câmbio CVT”.
Se apaixonou, vendeu a moto e comprou um UTV. Foi aí que ele começou a participar das competições da categoria, desta vez, sobre quatro rodas. “Comecei a preparar o UTV para as competições. Bancos conchas, reforços de gaiola, volante racing, macacão, luva, sapatilha, capacete fechado com intercomunicador, cintos especiais de seis pontas e assim por diante”, contou.
Ele explicou que a marca deste UTV é Polaris, única empresa que fazia seu campeonato de forma monomarca. “Ali conheci muitas pessoas, um mundo que até então não fazia ideia que existia. Logo no início da carreira foi vice-campeão da Polaris Cup e a esposa, Cíntia, foi a campeã no feminino. “Andei no Brasileiro de Baja e de Cross Country e tive a felicidade de ser convidado para ser chefe de equipe da Ipiranga Racing e da X Race no Rally dos Sertões, um dos maiores do mundo no segmento. Aí ferrou (risos). Não parei mais de estar envolvido com o automobilismo”, exclamou.
Em 2015, voltou para o Sertões como navegador. Em 2016 e 2017, foi como piloto, sendo que neste último, conseguiu terminar como quinto colocado na categoria, levando para casa o troféu mais pesado, em todos os sentidos, na sua vida automobilística. “Em 2018, acabei não indo para o Sertões e tive a oportunidade de me envolver com a MIT CUP (Mitsubishi Cup), campeonato monomarca da montadora japonesa e mais antigo do país, realizado atualmente pela Spinelli Racing”.
Fez o campeonato de 2018 como piloto de um ASX RS, carro com preparação especial para qualquer competição de velocidade, que inclui a própria MIT CUP, além do Brasileiro de Cross Country e claro, o Rally dos Sertões. Já em 2019 entrou mais uma vez na MIT CUP, porém, em outra função. Hoje ele é o navegador e o piloto é Rafael Almeida, conhecido como Rafa.
Ao lado do ex-funcionário da Rallyart, que foi a oficina oficial da Mitsubishi, ele disputa a competição nacional. Na tabela de classificação, a dupla aparece na oitava colocação, com 211 pontos. Eles somaram 64 na primeira etapa, em Mogi Guaçu, mais 64 na segunda, em Ribeirão Preto, mais 2 na terceira, em Indaiatuba e mais 81 na quarta, em Jaguariúna.
A quinta etapa será em Cordeirópolis, no dia 29 de setembro. Depois, a competição tem agenda marcada previamente para Magda (SP), no dia 20 de outubro e será encerrada no dia 24 de novembro, em Mogi Guaçu. Ao lado do companheiro, Rodrigo integra a equipe Rafa Motosport, que tem como patrocinadores a Novatack, SEM, Aché, Fonte Platina e a Rafa Motosport.
