A área da Educação tem muito a comemorar em Mogi Mirim devido a uma conquista pontual. A Escola Estadual Dr. Oscar Rodrigues Alves está entre as 40 unidades educacionais finalistas da Feira de Ciências das Escolas Estaduais de São Paulo, a 6° edição da FeCEESP 2017/2018. O projeto encaminhado para a feira se trata de uma Lona Refletora Fotovoltaica: reduzindo a temperatura e ampliando a eficiência energética sustentável nas aulas de Robótica e foi desenvolvido pelos alunos Eduardo Longhi Udovic e Otávio D’Amico Borin, que estão no 3° ano do Ensino Médio, com orientação do professor coordenador geral Ricardo Tavares. Agora, o projeto segue para uma nova etapa, em que os alunos irão participar de uma apresentação em Campinas e, caso se classifiquem, irão concorrer a nível nacional com outros projetos. A participação em Campinas se dará com melhorias na lona, segundo os alunos.

A Escola Estadual Dr. Oscar Rodrigues Alves é uma unidade de ensino médio de tempo integral e que também trabalha com disciplinas chamadas eletivas, que são aulas como gastronomia, ervas medicinais, sustentabilidade, anatomia e também robótica, por exemplo. O professor Ricardo atua com a disciplina de robótica e foi dentro dessa área que os alunos desenvolveram o projeto, orientados por ele.
Otávio e Eduardo começaram a desenvolver o projeto no ano passado, inclusive trabalharam com o professor nas férias de meados de 2018. Otávio está cursando a eletiva de robótica pela terceira vez e Eduardo já fazia curso de robótica em uma escola particular, a People, que inclusive é parceira da eletiva e, então, foi assim que uniram o útil ao agradável!
A Lona Refletora Fotovoltaica é um projeto que foi desenvolvido com o objetivo de solucionar uma situação que incomoda os alunos da escola que é “o intenso calor no período da tarde nas salas de aula com a absorção da energia térmica na lateral das salas. O processo gradativo de absorção é inevitável, já que o sol bate direto nas paredes, independente do uso de cortinas, o trânsito de calor torna-se elevado e os incômodos são exponenciais”.
Diante disso é que a questão problema foi desenvolvida: “é possível reduzir a temperatura interna de uma sala de aula do Ensino Médio de Tempo Integral no período da tarde? O calor pode ser reaproveitado como energia útil em atividades práticas?”.
Com base na introdução e questão problema, os alunos desenvolveram um protótipo da lona, encapada com fita aluminizada para não deixar aquecer as salas de aula. Além disso, após testes, “pode-se constatar que boa parte da radiação solar ainda era absorvida pela lona aluminizada, podendo ser reaproveitada como energia útil. Portanto, uma placa fotovoltaica foi anexada à lona refletora a fim de alimentar sistemas robóticos e componentes eletrônicos durante as aulas”, foi destacado no projeto enviado para a feira.
O professor Ricardo frisou ainda que, junto da eletiva de robótica, foram incluídos os estudos da área de Química, no caso elementos químicos semicondutores e terras-raras, Física (com as transformações e conservação de energia) e de Matemática (na tabulação de dados e representação, com uso de gráficos e tabelas).
Os alunos disseram que têm como objetivo expandirem a elaboração de lonas como a que desenvolveram, até mesmo porque há uma série de escolas que passam por esse problema devido à localização e por conta de que existem salas que, realmente, não possuem cortina.
Desenvolver o projeto, testá-lo, encaminhar para a feira e ainda ter o material classificado entre os 40 melhores teve um significado especial para a escola e jovens. Otávio disse que o contato com as disciplinas e os estudos o fazem pensar em seguir até carreira na área, mas ainda disse que de 0 a 100% de chances, a porcentagem é de 50%. Já Eduardo acredita que irá seguir a jornada. Além da escola, os familiares da dupla ficaram extremamente contentes e orgulhosos! E quem não fica? Já imaginaram a alegria do professor Ricardo?
A palavra da direção
A diretora da escola, Rosana Balbão Bridi, explicou que é de extrema importância incentivar e divulgar feiras e concursos aos alunos, além de eventos relacionados à área da pesquisa, o que possibilita a descoberta de talentos, um dos papéis essenciais da escola. O professor Ricardo aproveitou para complementar ainda que a participação mostra a oportunidade que a escola propiciou aos alunos de desenvolverem suas ideias e o protagonismo em um ambiente de estudos propício para a produção de conhecimento.