Sobrinho do ex-presidente do Mogi Mirim, Rivaldo Vitor Borba Ferreira, o meia Romildinho, de 18 anos, foi anunciado como reforço do Flamengo. O jogador havia rescindido em junho o contrato com o Sapo, que terminaria em abril de 2017.
O presidente do Mogi Mirim, Luiz Henrique de Oliveira, revelou ter sido procurado por Rivaldo com um pedido para rescisão do contrato de Romildinho, que estava descontente no clube após a saída de seus parentes. Oliveira contou ter sido informado pelo ex-presidente que 80% dos direitos econômicos de Romildinho eram de Rivaldo e 20% do Mogi Mirim. “Eu falei: posso até liberar, mas desde que conserve os 20% do Mogi para onde ele for”, explicou Oliveira, garantindo que assim ficou acordado.
Desta forma, caso o atleta seja negociado pelo Flamengo, o Mogi Mirim terá direito a 20% dos direitos, segundo explicou Luiz, pelo acordo fechado com Rivaldo.
O contrato com o Flamengo tem validade até 31 de janeiro de 2017, prazo que prevê o aproveitamento do meia na Copa São Paulo de Juniores, mas prevê a possibilidade de renovação automática se houver concordância das duas partes. Romildinho ficará inicialmente treinando com a categoria sub-20, mas dependendo do rendimento, poderá ser aproveitado pelo técnico Zé Ricardo no time principal.
No Mogi Mirim, Romildinho, que começou nas categorias de base do clube, foi aproveitado em diversas partidas do time profissional. O meia era tratado como um jogador de talento diferenciado. Porém, havia questionamentos em relação ao aspecto físico. O técnico Toninho Cecílio, por exemplo, cobrava uma evolução na condição física para o atleta ter condições de participar mais ativamente das partidas no Paulistão, pois era visto como pouco competitivo para as exigências de um jogador de meio com obrigações de marcar e atacar. Por este motivo, Romildinho demorou a ser inscrito no Paulistão.
Gustavo
Genro de Rivaldo, o meia Gustavo, que também tinha contrato com o Mogi até abril de 2017, já havia rescindindo anteriormente. O jogador foi anunciado como reforço pelo Portimonense, de Portugal. Segundo Luiz Oliveira, o Mogi tinha uma pequena participação nos direitos de Gustavo, mas o clube abriu mão em um acordo em que o atleta também aceitou não receber os valores que lhe eram devidos. “A gente acabou fazendo um encontro de contas, acabou zerando”, explicou.
Segundo o empresário do jogador, Marcelo Petinatti, o Peti, os direitos econômicos do atleta pertenciam à Energy Sports e à família do jogador. Rivaldo não tinha porcentagem. Agora, como o jogador ficou livre e assinou novo contrato, os direitos são integralmente do clube português em negociação sem custos, com o objetivo de recuperar o atleta, segundo Peti.