quarta-feira, abril 23, 2025
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Ronaldo Guerreiro recorda as origens e personagens do Panela

De volta ao Boteco, Ronaldo Guerreiro aborda as origens e personagens do histórico time de futsal do Panela.

Boteco – Como surgiu o Panela?

Ronaldo – Antes tinha o Máquina Quente, do Mário meu irmão, Aluisio Cortez, Zeca, Zibordi, Xexa, Zello, Huguinho. Começamos a ter uma idade que dava para treinar com eles. Brincamos no Monsenhor Nora, quadrinha do Mogi, Grêmio. E o Alemão veio morar em Mogi e ficou amigo do Mário. O Alemão tinha um Fusquinha verde, passava onde a gente morava, enchia o carro e íamos pro Grêmio. Aí começaram: “time do Alemão, tá fazendo panela”. Passamos a jogar no Recanto. E o Alemão passava recolher o time. Chegava com o time feito. Aí começaram: “a panela chegou”.

Boteco – Aí vocês assumiram, nós somos a Panela?

Ronaldo – Ah, é Panela mesmo, não chega e monta? Gostamos de jogar junto. Aí já começou Panela. Mas nos primeiros campeonatos, não foi Panela por causa de patrocinador, foi Somodas. Eu não participei, estudava fora. E não podia profissional, Zirda e Tubarão eram profissionais. Renato Brandão estudava fora. Jogaram Jayminho, Nelsinho, Jarbas, Zé Coppi. Em outro ano, foi Jovem Bar. Depois, Panela mesmo.

Boteco – Qual a formação clássica, encontrada como ideal?

Ronaldo – Xexa, eu, Nelson, Tubarão e Zirda.

Boteco – Como vocês perceberam que dava tudo certo?

Ronaldo – Era uma afinidade… Nelsinho dava segurança, eu podia atacar. Era 2-2, eu e Nelson, Tubarão e Zirda.

Boteco – Você costumava ser o artilheiro do time?

Ronaldo – Normalmente, sim, as bolas eram roladas pra mim.

Formado por integrantes da Família Guerreiro e amigos, Panela marcou época no futebol de salão da cidade. (Foto: Arquivo pessoal)

Boteco – Como era o Xexa. O que ele aprontava?

Ronaldo – Maluco, não tinha bola perdida, agilidade, além de defender, armava muito com a mão, muita facilidade. “Felomenal”. Discutia, tirava sarro: “chuta forte”.

Boteco – Ele devolvia a bola pro atacante mesmo: “chuta”?

Ronaldo – Já teve algumas vezes, mas é mais folclore.

Boteco – E o Nelsinho? Quais as características dele?

Ronaldo – Era perfeito, categoria, técnica. Combinava muito meu jogo com o dele. Desarme muito bom, toque bom…

Boteco – E vocês são primos?

Ronaldo – Não, Nelsinho é o único desses que não é parente. Eram irmãos Xexa, Tubarão e Zirda, eu de primo.

Boteco – Como era ser um time em família?

Ronaldo – Só podia dar certo, entrosava 24 horas por dia.

Boteco – Lembra de alguma história do Nelsinho?

Ronaldo – A gente tira sarro de um jogo, não sei se ele estava meio atrapalhado, alguém passou e ele quis falar: “marca, vai”. Mas falou: “vai que eu tô indo”. E eu comecei a rir. Quer me matar? Como vai que eu tô indo?

Boteco – E o Tubarão?

Ronaldo – Fora de série. Teve uma época que fazia bastante gol, viradas boas. Tubarão protegia, virava ou rolava, muito difícil de ser marcado, braços enormes. Muito bom marcador. Nosso time eram 4 marcadores. Zirda era quarto zagueiro no campo, Tubarão volante, único que não era zagueiro de origem era eu. No salão me transformei.

Boteco – E o Zirda?

Ronaldo – Zirda mais pro fim da carreira abusou da categoria, começou a fazer gols de matar goleiro, deixar deitado. De menino não gostava. Depois começou a jogar, ficou sensacional, foi pegando os macetes, habilidade.

Boteco – Ronaldo volta para recordar uma histórica final, que completou 30 anos, contra o Champions Club.

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