terça-feira, abril 22, 2025
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Ronaldo Guerreiro recorda viagem de Ubatuba direto para partida

No último capítulo de suas histórias no Boteco, o ex-jogador de futsal e futebol do Panela, Ronaldo Guerreiro, recorda um divertido episódio em que foi direto de Ubatuba para um jogo.

Boteco – Pelo ritmo do futsal, tinha que ter um bom preparo físico? Vocês se cuidavam de fazer academia?

Ronaldo – Ia no bar, ia jogar direto (risos).

Boteco – Na época todos no auge da juventude…

Ronaldo – E tinha força, a gente jogava bastante, sábado de manhã, tarde, domingo, ia pra baile, acordava, ia jogar.

Boteco – Tinha ocasião de ir direto da festa pro jogo?

Ronaldo – Muito, ah ia. Teve uma que a gente tava em Ubatuba. Era Campeonato Amador, ia jogar contra o Juncos Amazonas, o melhor time do campeonato. Vai, não vai. O nosso era o Panela, de campo. Saímos de Ubatuba, 4 da manhã, o Alemão, o Nelsinho, o Brito e eu. Viemos pro jogo que era de manhã.

Boteco – Tava tudo na festa há uns dias?

Ronaldo – Lá em Ubatuba, guasca, né? Na viagem, veio dormindo. Chegamos pro jogo, saímos perdendo de 1 a 0. Aí teve um pênalti. E o Alemão de técnico. “Eu bato”. O Alemão: “não, você, não, pelo amor de Deus”. Aquele jeito dele. “Oh, Zirda, Zirda”. O Zirda: “eu? Eu não bato. Pênalti não bato”. E era o Neguinho, da Prefeitura, o goleiro, goleirão. E o Alemão bravo. Aí bati, fiz o gol e o Alemão no banquinho perto do vestiário. Corri zoar com ele. Ele: “não, Ronaldo, não”. Todo mundo escutando, p… vergonha. Essa aí nós viemos diretão. Teve várias.

Boteco – Ao longo dos anos, o Panela foi ficando um time respeitado quando chegava fora de Mogi? Tinha uma fama?

Ronaldo – No começo, quando a gente estava começando, o Xexa era casado com uma mulher da Posse, sempre estava na Posse. E quando foi inaugurar o ginásio, eles combinaram com o Xexa de levar um time de Mogi pra jogar lá. E o Xexa pegou o Cindinho, Zello, eu e Renato. A gente era bem menino. Chegamos lá, começaram a tirar sarro. “Xexa, Esse é o time? Cadê o Jonas, Rebeca, não sei quem”.

Boteco – Eles queriam jogadores do Mogi?

Ronaldo – É, conhecidos, né? O Xexa falou: “vamos ver se vocês aguentam os moleques, vamos ver”. Aquele jeito do Xexa.

Boteco – E o time deles, quem era?

Ronaldo – A turma do União Possense. Pra gente era até mais fácil porque eles tinham mais jogo de campo do que salão. Sei que foi 10 a 2 pra nós (risos). Foi humilhante. Aguenta o Xexa…

Boteco – O que o Xexa falava?

Ronaldo – Ah, não parava de falar um minuto, né? Tirou o maior sarro, Deus do céu. Ele era meio possense, curtiu de monte na cara dos negos. “Olha os moleques aí, vocês queriam não sei quem, não sei quem, olha os moleques”. A gente devia ter uns 18 anos.

Boteco – O Panela precisava de técnico ou tudo fluía naturalmente?

Ronaldo – Não, falavam nada quase. Era mais tempo, coisa assim.

Boteco – Substituição era só quando cansava?

Ronaldo – E olhe lá (risos). Difícil. Teve uma vez, o Alemão marcou amistoso com a Portuguesa de Desportos, no Guaçu. A Portuguesa, uniforme bonito. Tinha até tomado um chopinho no Bar Mirim. Sei que nós estraçalhamos. Só que aí eu comecei a meio brigar com outro lá, acho que tava 7 a 0 pra gente. O Bertinho Franco que tava de técnico, viu aquilo. “Alemão, vai na do Ronaldo”. Daí o Alemão: “Ronaldo, Ronaldo”. “Oi”. “Trocar”. Escapou: “eu?” (risos). Alemão ficou bravo.

Boteco – E você não saiu?
Ronaldo – Saí, lógico. Tava acabando também, o Alemão jogava bem, tranquilo, forte toda vida.

Boteco – Valeu, Ronaldo!

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