sábado, novembro 23, 2024
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Ronda Comercial e base da PM devem aumentar sensação de segurança

A sensação de segurança no comércio de Mogi Mirim deve começar a melhorar em aproximadamente um mês. O secretário de Segurança Pública da Prefeitura de Mogi Mirim, Thiago Toledo, anunciou a implantação em aproximadamente 30 dias da Ronda Comercial, com a utilização de duas motos pela Guarda Civil Municipal (GCM) que estão sendo viabilizadas com a iniciativa privada. Já o Capitão da Polícia Militar, Luciano Peixoto, revelou que em cerca de 30 dias deve ser reativada no Centro a base comunitária da PM, além de ser iniciado um policiamento a pé nas ruas.

As revelações foram feitas em reunião na terça-feira, na Câmara Municipal, envolvendo representantes de aproximadamente 20 estabelecimentos comerciais do Centro, PM, GCM e Conselho Municipal de Segurança (Conseg). A reunião foi organizada pelo vereador Geraldo Bertanha, o Gebê, que foi acionado pelo comerciante José Luiz Ferreira, da Pentagon, um dos líderes do movimento. Também participaram os vereadores Maria Helena Scudeler (PSB) e Moacir Genuário (PMDB).

A Ronda Comercial funcionará com duas motos, cuja doação está praticamente certa pela iniciativa privada, que atuarão exclusivamente no horário comercial, no Centro. Segundo Toledo, o policiamento a pé exigiria um mínimo de quatro funcionários. A ronda de moto envolve dois funcionários, que podem se deslocar mais rapidamente.

O policiamento a pé, que será adotado pela PM, foi reivindicado por Zé, um dos líderes dos comerciantes para dar segurança aos clientes e aproximar os policiais dos lojistas. Zé pediu ainda policiamento noturno para permitir a extensão do horário de funcionamento do comércio.

O comandante da GCM, Paulo Moraes, explicou que no período noturno, continuará sendo feito um serviço preventivo, não sendo possível uma ronda específica no momento. E aconselhou os comerciantes a investirem em tecnologia de monitoramento. Zé, da Pentagon, explicou já existir as câmeras.

Toledo abordou a violência como um problema de fatores globais, mas lembrou que o Grupo de Operações com Cães (GOC) está atuando das 12h às 13h na frente do Banco do Brasil para oferecer segurança a quem utiliza o banco, além de uma atenção especial à Caixa Econômica nos dias de retirada do FGTS das contas inativas.

Base comunitária
O Capitão da PM, Luciano Peixoto, explicou que, após um temporal há aproximadamente três meses, o teto do estacionamento da sede da corporação caiu sobre a base comunitária da polícia. Depois de um período, a base foi consertada, mas voltou a ter problemas devido ao período de inatividade. Em um mês, a base deve estar em funcionamento na Praça Rui Barbosa, mas a PM também depende de um ajuste de efetivo. A ideia é também iniciar neste período o policiamento a pé, via Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho – Dejem.

Paralelamente, a Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (Rocam) tem atuado no Centro das 10h às 13h.

Base comunitária da Polícia Militar deve voltar a atuar no Centro de Mogi Mirim. (Foto: Divulgação)

Monitoramento é tentado via Secretaria da Educação

Atualmente sem o sistema de monitoramento funcionando, a Prefeitura pretende retomar a vigilância com utilização de câmeras na região central por intermédio da Secretaria de Educação. Isso porque esta secretaria tem dotação orçamentária que permite viabilizar o mecanismo.

O sistema de monitoramento será contratado para as escolas municipais via processo de licitação, em que será buscada uma câmera para a região central como uma espécie de “presente” para a cidade pela empresa vencedora da concorrência.

A ideia de ter as câmeras é liberar os atuais vigias para atuar em outros setores. “Uma câmera funcionando 24 horas custa mais barato que vigias. E a câmera não dorme, não passa mal, não tem 13º”, brincou Thiago Toledo.

Iluminação

Em relação à iluminação no Centro, o tema deve ser trabalhado por Vitor Coppi, cotado para assumir uma função dentro das mudanças na estrutura das secretarias da Prefeitura. Em termos de revitalização, a ideia é buscar ajuda com instituições financeiras e grandes magazines para fazer parcerias com o poder público, possivelmente explorando publicidade nos bancos das praças. A ideia é discutir o tema em conjunto com a Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim (Acimm) e Câmara Municipal.

Liderada por Gebê, que foi procurado por líder do comércio, reunião foi realizada na Câmara. (Foto: Divulgação)

Disciplina é aconselhada para grupo de WhatsApp

A Polícia Militar (PM), com apoio do Conselho Municipal de Segurança (Conseg), sugeriu aos comerciantes a adequação e fortalecimento do grupo de WhatsApp do setor nos moldes dos existentes no projeto de policiamento comunitário da zona rural, que reduziu expressivamente a criminalidade nas regiões trabalhadas. A ideia é que os grupos contem com membros da Polícia Militar e Guarda Civil Municipal e sejam disciplinados para abordar exclusivamente assuntos pertinentes à segurança.

O intuito é que os dados dos comerciantes interessados sejam entregues à PM, que irá efetuar uma pesquisa dos antecedentes criminais. Desta forma, os nomes são aprovados e adicionados ao grupo pelos administradores. A intenção é garantir um diálogo mais rápido entre as partes, com a comunicação da ocorrência diretamente via WhatsApp, sem a necessidade de se acionar o 190, além da aproximar as forças de segurança da comunidade.

PM cobra uma resposta da Acimm, em reunião

O Capitão da Polícia Militar, Luciano Peixoto, reclamou da falta de um posicionamento da Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim (Acimm) em relação à busca da entidade para uma atuação conjunta contra a criminalidade no setor. Peixoto disse que a reunião realizada na terça-feira, liderada por Geraldo Bertanha, já poderia ter sido efetuada muito tempo antes se a Acimm tivesse respondido à procura da PM.

Peixoto disse ter chegado a conversar com integrantes da diretoria da Acimm e depois ter sido cobrada uma resposta por diversas vezes que nunca chegou.

Integrante da diretoria da Acimm e presente à reunião, o ex-vereador Luizinho Guarnieri disse a Peixoto que levaria o caso para a associação e se ninguém quisesse participar do grupo que discute a segurança no setor, ele próprio irá se dispor a fazer parte.
Primeiro secretário da Acimm, Nelson Theodoro disse que o tema não havia chegado na diretoria. Então, Peixoto explicou que o assunto foi tratado com o presidente da Acimm, Sidney Coser, e com o vice Manoel Gambardella.

Secretário do Sindicato do Comércio Varejista de Mogi Mirim (Sincomércio), Nelsinho também colocou a entidade à disposição da PM.

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