O projeto de lei de autoria do vereador Leonardo Zaniboni (SDD) que deseja alterar o nome da Rua Professor Ferreira Lima, no Centro, para Rua Rosa Colosso Zaniboni, avó de Léo, resultou em um manifesto do Centro de Documentação Histórica Joaquim Firmino. Por meio de um comunicado os integrantes do Centro Histórico se manifestaram contra a mudança, e prometem fazer pressão diante da possível aprovação do projeto, que será votado na noite desta segunda-feira, na sessão da Câmara Municipal. A Rua leva o nome de Ferreira Lima desde 15 de março de 1974.
A possível mudança já havia entrado na ordem do dia na sessão do último dia 20. Na ocasião, a pedido da vereadora Maria Helena Scudeler de Barros (PSDB), houve uma reunião a portas fechadas entre os vereadores, e como resultado, um pedido de adiamento por 10 dias, feito pelo vereador Luiz Guarnieri (PT) foi aprovado pelos vereadores.
Foram colhidos depoimentos de parentes do Professor Joaquim Ferreira Lima que dá nome à rua, popularmente conhecido também como Quinzote, cirugião dentista e responsável por levar o nome de Mogi Mirim ao exterior, segundo relato do centro de documentação. A ideia dos integrantes é entregar o ofício a todos os 17 vereadores antes da votação de segunda-feira. O Centro de Documentação Histórica entende que a substituição do nome representa um desrespeito à família de Quinzote.
Justificativa
Uma das justificativas apresentadas para pleitear a mudança está relacionada ao Jardim Scomparim, bairro na zona Norte, que já abriga uma rua com o mesmo nome. Isso estaria atrapalhando a entrega de mercadorias em estabelecimentos da Professor Ferreira Lima, no Centro, além de correspondências e outros produtos pelos Correios. Segundo Luiz Zaniboni, proprietário da Zaniboni Casa & Construção, fornecedores da loja, que realizam a entrega de mercadorias como cimentos, louça, metais, entre outros, vem encontrando dificuldades.
Tudo devido aos GPSs, sistema que auxilia no deslocamento dos veículos por meio de mapas digitais, que remetem a rua no Jardim Scomparim e não a do Centro. “Sob o prisma prático, qualquer alteração no nome de rua causará transtornos e gastos, desnecessários, na nossa visão, para os Correios, para a Prefeitura e Saae, no lançamento de impostos e taxas aos imóveis e também na área fiscal, talonários de notas e cartões de visitas”, alegou o centro de documentação.