O período de chuvas intensas chegou e, com isso, um aumento nas incidências de extravasamento da rede de esgoto públicas e também retorno de efluentes dentro dos imóveis. Em Mogi Mirim, o Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae) registrou 54 ocorrências relativas a vazamento e retorno de esgoto pela rede doméstica desde o início de dezembro passado e 43 solicitações para desobstrução de rede.
A principal causa do transtorno é o lançamento irregular da água de chuva na rede de esgoto doméstica, que não foi projetada para receber um volume tão elevado de carga. Devido a isso, o sistema de esgotamento sanitário é afetado como um todo: a tubulação se rompe e ocorrem vazamentos, os poços de visita (PV) transbordam, a rede se sobrecarrega e causa o retorno do esgoto para dentro do imóvel e até o processo de tratamento dos efluentes é prejudicado por conta da água. Além disso, o descarte de objetos na rede também prejudica o funcionamento do sistema, obstruindo a tubulação.
Para que o sistema seja eficiente, a colaboração dos usuários é fundamental. Dentro de casa, o cuidado se estende para o vaso sanitário e ralos, que não devem ser usados para descarte de nenhum tipo de objeto ou resíduo. Do lado de fora, a água da chuva deve ser direcionada à sarjeta da rua, por onde será escoada através das galerias de água pluvial. Ela também pode ser armazenada em cisternas e reutilizada em diversas atividades domésticas.
Outra medida que traz benefícios ao consumidor e evita esses transtornos é a instalação da válvula de retenção de esgoto na rede junto à caixa de inspeção. O dispositivo bloqueia o retorno da carga para dentro do imóvel, bem como o acesso de animais peçonhentos e o mau cheiro.