O Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae) de Mogi Mirim realiza, há dois meses, uma operação que visa apurar as ligações ilegais para o fornecimento de água e também técnicas que visam diminuir o consumo e assim garantir uma conta de menor valor. Apelidada de caça-fraude, a equipe entrou em ação há dois meses e nesse período já constatou 59 irregularidades na cidade, em instalações residenciais e comércios. Ainda não há casos em que empresas tenham sido autuadas.
Os proprietários de estabelecimentos e residências, que não tiveram os nomes divulgados pela autarquia, foram multados, com valores diferentes, e dependendo do caso precisaram fazer adequações para o retorno do fornecimento de água. Na última semana, foi constatado que em um estabelecimento comercial da cidade, focado no ramo alimentício e localizado ao final da Avenida 22 de Outubro, havia uma ligação ilegal para o fornecimento de água.
A ligação clandestina subtraía volumes de água que não eram registrados no Saae. O estabelecimento comercial foi multado e a ordem do Saae é que faça uma caixa padrão para deixar o hidrômetro vedado para garantir que não ocorra adulteração. O valores das multas são diferentes. O valor da multa para residência é R$ 925,74; para comércios, R$ 2.520,98, e para indústria é R$ 3.781,46. Após ser identificada a fraude, além da multa, o proprietário também deve instalar a caixa padrão para o hidrômetro.
O presidente do Saae, Luiz Rodrigo Sernaglia, informou que para compensar a perda os proprietários também devem pagar um valor, que é calculado pela autarquia. Ele citou como um exemplo um comércio em Mogi Mirim, em que foi calculada uma média de consumo nos últimos seis meses. O valor será apresentado à empresa para possível acordo. Já em casos de residência, o presidente informou que geralmente a multa compensa. Mas tudo varia de acordo com o caso.
Sernaglia informou ainda que o Saae tem as informações sobre o quanto de água é produzida, o quanto é faturada e quais são as perdas por variados motivos e frisou que, diante dos casos de fraudes, o que ocorre é que alguns acabam pagando pelos erros dos outros. “O que significa que quem paga direitinho paga por quem está roubando água. O justo paga por aquele que é malandro”.