O Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Mogi Mirim (Saae) já registrou neste ano de 2019, no período entre janeiro a outubro, 488 processos referentes à revisão de contas. Uma média de quase 50 revisões por mês. E praticamente todas elas são relacionadas a vazamentos internos.
Em muitos casos, ocorrências que não são aparentes, se escondendo em buracos e rachaduras de tubos, ou sob paredes e pisos.
O pedido de revisão é feito geralmente quando uma conta de água apresenta valor acima do normal, sem que o morador tenha mudado seus hábitos de consumo. Nesse cenário, é quase certa a ocorrência de vazamentos. Assim, a recomendação é chamar um profissional para localizar e fazer o reparo necessário.
Em seguida, o Saae vistoria o local para a comprovação do vazamento.
Em um imóvel no Jardim Califórnia, foi constatado o vazamento na lavanderia. Com isso, o consumo, cuja média mensal girava em torno de 13 metros cúbicos de água, com um gasto perto de R$ 50 por mês, saltou para 27 metros cúbicos no último mês de agosto, com uma conta no valor de R$ 244,86.
No CDHU, o cenário foi ainda pior. Um vazamento localizado no corredor lateral do imóvel, próximo ao banheiro, fez o consumo saltar de uma média de 18 para 63 metros cúbicos em junho. E o valor da conta, que girava em média em R$ 157 por mês, foi de R$ 873,98.
Em todos os casos, após o reparo providenciado pelo consumidor, o consumo e o valor da conta retornaram aos patamares que eram antes do aumento fora do habitual. Portanto, sempre que o consumo e o valor da conta estiveram acima do normal, o consumidor deve providenciar a identificação de eventuais sinais de vazamento interno o mais rápido possível.

Aviso de Alto Consumo
E para ajudar o consumidor, o Saae implementou o aviso de alto consumo, impresso na conta logo abaixo da descrição dos lançamentos de água e de esgoto. O objetivo é reforçar o alerta de que o alto valor da conta pode estar associado a eventuais ocorrências de vazamento interno e, por isso, deve providenciar uma vistoria nas suas ligações de água.
Para verificar se o imóvel possui vazamento, o morador é orientado a fazer um teste. À noite, na hora de ir dormir, quando não for utilizar mais água e a caixa d’água já estiver cheia, anote todos os números (pretos e vermelhos) do hidrômetro. Não feche o registro do cavalete e não use água alguma, nem mesmo descarga. Na manhã seguinte, antes de usar água, marque novamente os números.
Se tiver mudança nos números e o hidrômetro estiver girando o ponteiro do centro do medidor, é sinal de que o imóvel possui vazamento. Isso porque o hidrômetro é um equipamento mecânico, cujo funcionamento consiste na passagem da água por uma turbina que faz girar o mecanismo do relógio, responsável pelo registro da água consumida.
Outro procedimento pode ser feito no encanamento da caixa d’água, fechando todas as torneiras da casa, desligando os aparelhos que usam água e não utilizando os sanitários. Feche bem a torneira de boia da caixa, impedindo a entrada de água. Marque, na própria caixa, o nível de água e verifique, após uma hora, se ele baixou. Em caso afirmativo, há vazamento na canalização ou nos sanitários alimentados pela caixa.
Também é possível fazer um teste no vazo sanitário. Remova toda a água de dentro do vaso, deixando seco. Se tornar a encher sozinho, até o nível normal da água, depois de algumas horas, é indicativo de funcionamento irregular da válvula ou da caixa de descarga e, portanto, pode estar ocorrendo vazamento. (Da Redação)