A partir do dia 25 deste mês, será realizado em Mogi Mirim o 26° Salão de Artes Plásticas da cidade. A mostra, que é tradicional no município, receberá inscritos até o dia 18 nas categorias acadêmica e contemporânea, que são formas de linguagens utilizadas pelos artistas para expressar aquilo que veem de acordo com os “óculos que vestem”. Uma tem como objetivo mostrar a beleza ideal, enquanto a outra mescla estilos e técnicas. A cerimônia de premiação será realizada junto a abertura do salão.
“O salão nasceu junto com um movimento que teve na cidade e que se chamava Espaço Manifesto, era uma semana de artes, tinha teatro, dança, pintura, todo tipo de manifestação artística e acontecia sempre no auditório do Monsenhor Nora. Nós resolvemos criar o primeiro salão em 1988, quando Sérgio Pardo ainda era diretor de cultura e o primeiro foi realizado no salão do Grêmio porque não tínhamos espaço”, recordou o presidente do Centro de Documentação Histórica Joaquim Firmino de Araújo Cunha, Valter Polettini, que anualmente participa da organização do evento.
O presidente, que participou das movimentações artísticas naquele período, explica que foi somente depois do primeiro salão que a mostra passou a acontecer no Centro Cultural da cidade, mas que isso só foi possível porque no na época foi realizado mais um movimento a Arte Grita, quando artistas resolveram ter acesso ao espaço público que estava abandonado, após servir de sede para o fórum da cidade, a fim de realizar atividades culturais.
“Essa foi a origem e agora anualmente o salão é realizado no mês de outubro como parte dos festejos do dia da cidade, é o evento mais tradicional que temos”, disse.
Hoje o salão, apesar de existir, não faz mais o sucesso de antigamente, quando movimentava a população para o Centro Cultural a fim de conferir as obras. No entanto, o formato continua o mesmo, com premiação em dinheiro, medalhas de ouro, prata e bronze, menções honrosas e também com homenagem aos patronos. Cada edição tem um patrono e, neste ano, a homenageada será a artista que vive em Mogi Mirim desde a década de setenta Therezinha Assumpção Peixoto Sikora, autodidata musicista e na pintura e que tem obra até na Polônia.
“O patrono ou patronesse é a forma que encontramos para homenagear quem prestou serviços ou trabalhou na divulgação das artes”, explicou Polettini.
Alfredo Volpi, Lauro Monteiro de Carvalho e Silva, Napoleão Portioli, Adão Mestriner e Maria da Glória de Luca são alguns dos artistas que já foram homenageados na mostra.
“Em minha opinião é o evento mais importante da cidade porque nunca parou, acho que os eventos precisam de uma continuidade, como o Festimm, por exemplo, que está na segunda edição”, finalizou Polettini.
Inscrições
As inscrições custam R$ 20 por modalidade e cada artista, que pode ser de qualquer cidade, poderá se inscrever com até três obras nas categorias acadêmica ou contemporânea.
Para o primeiro colocado em cada categoria o prêmio será de R$ 800, o segundo lugar receberá R$ 500 e o terceiro será premiado em R$ 300.
No próximo ano, a expectativa é que o salão tenha outras categorias de artes visuais, além de pintura, o objetivo é ter também fotografia, desenho e audiovisual. Mais informações pelo telefone (19) 3804-1078, no Centro Cultural.