A Câmara dos Deputados aprovou esta semana a Medida Provisória 919/20, que aumenta o salário mínimo para R$ 1.045 em 2020. Os deputados aprovaram o projeto de lei de conversão do deputado Coronel Armando (PSL-SC) e incorpora ao salário mínimo o aumento que passou a vigorar em janeiro deste ano, quando a MP 916/19 foi publicada. A MP 916/19, editada no final do ano passado, acrescentou ao salário mínimo um reajuste de 4,1%, que correspondeu à estimativa do Índice Nacional dos Preços ao Consumidor (INPC) para 2019. Mas o índice atualizado em janeiro era de 4,48%, chegando ao valor final de R$ 1.045.
Brasil perde mais de
860 mil empregos
As demissões superaram as contratações com carteira assinada em 860.503 postos de trabalho, em abril. Foram 1.459.099 desligamentos e 598.596 contratações, conforme dados do Caged desta quarta, 27. O saldo de abril foi o pior da série histórica iniciada em 1992. Segundo o Ministério da Economia, os dados mostram que a queda no número de contratações contribuiu de forma expressiva para o saldo negativo de empregos formais. Enquanto as demissões tiveram um incremento de 17,2%, as admissões caíram 56,5% na comparação com abril de 2019.
STF identifica 11
perfis de fake news
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, apontou em sua decisão 11 perfis que apareceram como parte de “um mecanismo coordenado de criação e divulgação” de notícias falsas. O inquérito analisou as relações entre esses perfis, mostrando que eles participam da disseminação de boatos uns dos outros. Em um trecho, o laudo pericial da PF explica como operam os perfis, escondendo-se das hashtags que criam. Nesta quarta, 27, foi deflagrada operação da Polícia Federal para cumprir mandados judiciais contra empresários, blogueiros e parlamentares por suposta produção e disseminação de notícias falsas.
Associação criminosa
do ‘gabinete do ódio’
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, disse no despacho sobre a operação desta quarta-feira (27) contra fake news e ameaças à Corte que as provas apontam para “real possibilidade” de associação criminosa envolvendo o chamado gabinete do ódio. Para ele, o grupo divulga mensagens de “ódio, subversão e de incentivo à quebra da normalidade institucional democrática”. Entre os alvos da operação estão aliados do presidente Jair Bolsonaro, como o ex-deputado federal e presidente do PTB, Roberto Jefferson, e o dono da Havan, Luciano Hang, além de blogueiros.
PGR que suspender
inquérito das fake
O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), a suspensão do inquérito da fake news. No pedido, desta quarta, 27, o procurador cita uma manifestação feita por ele mesmo no inquérito, no último dia 19, ao ser informado sobre a possibilidade das ações autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes e realizadas anteontem. E argumenta não ver crime nos posts em redes sociais dos alvos da operação, considerando “desproporcionais” as medidas de bloqueio das contas em redes sociais.