segunda-feira, setembro 16, 2024
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Santa Casa de Misericórdia faz campanha Doe Uma Gota D’água e pede colaboração

Com 150 anos de história, a Santa Casa de Misericórdia de Mogi Mirim vive uma das mais severas crises financeiras. A situação, como definiu o próprio provedor do hospital, Milton Bonatti, em conversa com O POPULAR, na manhã da última sexta-feira, dia 23, está “insustentável”. Além dos cortes de gastos, medida já tomada por Bonatti, um grupo de 16 voluntários, formado por representantes de diversos setores da sociedade, inclusive da Santa Casa, está promovendo a campanha Doe Uma Gota D’água.

Doações também podem ser feitas no próprio site da Santa Casa de Mogi Mirim (Foto: Arquivo)

Em maio de 2001, a Prefeitura, por meio da lei n° 3.470, autorizou o Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae) a receber, facultativamente, doações da comunidade destinadas à instituição. A campanha será divulgada nas redes sociais e também nas escolas e faculdades do município. A população pode contribuir com valores, a partir de R$ 2, mensalmente, por meio da conta de água.

Para ajudar, basta o munícipe preencher o termo de doação e entregar o documento na autarquia ou no hospital. A doação também pode ser feita através do site www.santacasamogi.com.br. Ao acessar a página, o internauta deve clicar no link “faça sua doação”, preencher todos os dados do formulário e enviar. A Santa Casa está localizada à Rua Maestro Azevedo, 124, no Centro.

Outras medidas
O provedor espera ter um fôlego nas finanças com a lei n° 13.479, de 5 de setembro de 2017, que criou o Programa de Financiamento Específico para Santas Casas e Hospitais Sem Fins Lucrativos (Pró-Santas Casas) que atendem o SUS. O programa prevê duas linhas de crédito em bancos oficiais, totalizando R$ 10 bilhões, que serão liberados entre 2018 e 2022.

Os recursos poderão ser usados na reestruturação patrimonial das instituições em crise ou no incremento do capital de giro. As instituições poderão tomar o crédito independentemente da existência de saldos devedores ou da situação de inadimplência em outras operações de crédito existentes. A condição para isso é que os recursos sejam usados integralmente para o pagamento de débitos em atraso.

Dívida
A Santa Casa de Misericórdia ainda está com os pagamentos de quase 100 ex-funcionários, de diversos setores da unidade, em atraso, conforme reportagem publicada em novembro do ano passado. Também fazem parte do grupo os profissionais que atuavam na Unidade de Atendimento Não Agendado (Uana), demitidos por conta da abertura da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), instalada na zona Leste.

Os pagamentos são referentes às verbas rescisórias e à multa do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos trabalhadores demitidos. Sem condições de manter o compromisso com os antigos profissionais, que deveriam receber o dinheiro todo dia 20 de cada mês, muitos acabaram entrando com ações contra o hospital. De acordo com Bonatti, a Justiça já iniciou a penhora on-line.

Isso significa que o valor determinado pelo juízo é bloqueado da conta da Santa Casa, comprometendo o investimento dos recursos no hospital. Outro agravante é com relação aos empréstimos já realizados. Por mês, o valor descontado da instituição é da ordem de R$ 500 mil.

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