A Santa Casa de Mogi Mirim, que segue sob intervenção da prefeitura, prepara a abertura de uma segunda Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o tratamento a pacientes suspeitos ou confirmados do novo coronavírus (Covid-19).
O espaço físico possui estrutura para até dez pacientes, entretanto, a capacidade inicial será para seis leitos, devido à disponibilidade dos ventiladores.
A estrutura é formada por leitos isolados, individuais, devido ao elevado potencial de contaminação, e uma equipe específica para atendimento.
A inauguração está prevista para o dia 1º de junho.
Desde abril de 2019, os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) do hospital são administrados pela prefeitura, por decisão da 3ª Vara da Comarca de Mogi Mirim.
O hospital concluiu a enfermaria Covid, já em funcionamento, setor para o atendimento a pacientes não graves, mas que precisam de cuidados hospitalares.
A enfermaria comporta 20 pacientes e foi adaptada, fazendo com que a equipe interventora conseguisse isolar uma ala inteira do hospital, local onde serão tratados pacientes com suspeita ou confirmação do novo coronavírus.
“Agora, com essa nova UTI Covid-19, somado a enfermaria Covid-19, que já está em funcionamento, conseguiremos atingir um padrão de excelência no cuidado aos pacientes. Isso se deve ao fato de termos uma ala inteira isolada fisicamente dentro da Santa Casa, como se fosse um hospital dentro do outro. Esses pacientes terão seus cuidados atendidos por equipes que trabalharão exclusivamente neste espaço, diminuindo a circulação de profissionais e pacientes pelo hospital”, destacou o médico Vitor Augusto de Andrade, diretor técnico do hospital.
Outra vantagem com a abertura é que, em caso de piora no quadro clínico de pacientes internados na enfermaria com sintomas da Covid, a transferência ocorreria de forma imediata para essa nova UTI, localizada ao lado, evitando, assim, a circulação não só do paciente, mas de profissionais, pelo hospital.
A Santa Casa conta com a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) geral, constituída por oito leitos, e capacidade para até dez, voltados para os cuidados de pacientes em situações que não estejam relacionadas à Covid-19, como, por exemplo, casos de AVC, infartos, acidentes, cirurgias de grande porte que necessitem de cuidados intensivos, entre outras emergências.
Com isso, serão duas equipes de UTI, uma para a unidade de terapia intensiva geral e outra para a UTI Covid-19.
Nova medida
A abertura da UTI exclusiva para o tratamento de pacientes com Covid-19 é mais uma medida de enfrentamento à doença, iniciada pelo hospital em março, a partir de um planejamento que resultou na ampliação de seis para 12 o número de leitos para tratamento intensivo.
Com a evolução do vírus em São Paulo e região metropolitana do Estado, houve a determinação da Secretaria Estadual de Saúde, através da Diretoria Regional de Saúde (DRS), órgão do governo do Estado, e no qual Mogi Mirim está inserido, para a adoção de medidas de combate à doença em municípios do interior, com a obrigatoriedade da disponibilização de vagas para internação em leitos de UTI para pacientes do Estado.
Portanto, devido a essa determinação estadual, se fez necessária a divisão dos leitos com a criação de uma nova UTI exclusiva para tratamento de Covid, para assim, absorver a demanda do município e a eventual transferência de pacientes de outras cidades do Estado, deixando o hospital mais preparado. (Da Redação)
