A Santa Casa amplia suas atividades. Junto ao retorno das cirurgias eletivas, o hospital entra também em um novo ciclo, ampliando o nível e a quantidade de procedimentos disponibilizados para a população.
O hospital passa a contar agora com procedimentos endourológicos, um ramo da urologia que trata a manipulação endoscópica do trato urinário. Estão incluídos neste grupo a ureterorrenolitotripsia com aparelhos semirrígidos e flexíveis e utilização de laser, além de nefrolitotripsia percutânea para cálculos de maiores tamanhos.
A ideia era de que os procedimentos urológicos fossem retomados no 2º trimestre deste ano, mas devido a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e a suspensão das cirurgias, o retorno foi adiado temporariamente.
Agora, o novo ciclo ocorre em um momento onde o hospital atinge marcas expressivas relacionadas às cirurgias eletivas. Em junho, foram 81 realizadas.
A retomada foi possível após uma soma de esforços, que contou com o aporte financeiro da Secretaria de Saúde, a montagem de uma equipe de profissionais com larga experiência neste tipo de tratamento e a contratação de uma empresa especializada para o fornecimento de aparelhos específicos para as cirurgias de cálculos renais.
Para se ter uma ideia do que isso representa para a saúde pública municipal, é a primeira vez que a Santa Casa promove este tipo de procedimento, de alta complexidade, em seus serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
Positivo
Presente no hospital desde abril do ano passado, após a intervenção determinada pela Justiça e os serviços SUS serem assumidos pela Prefeitura, a equipe de Urologia, coordenada pelo urologista Danilo Leite Andrade, já realizou 10 procedimentos endourológicos no último mês.
A expectativa é atingir de quatro a oito cirurgias mensais.
“Existe uma demanda reprimida na cidade e na região, são poucos os hospitais que disponibilizam esses procedimentos. É necessário uma equipe especializada, que tenha o know-how para trabalhar com esses equipamentos, além de insumos. São cirurgias de médio porte, mas de alta complexidade devido aos materiais e a equipe”, explicou Danilo.
Proporcionar aos pacientes de Mogi Mirim um serviço desta magnitude, com profissionais e estrutura adequada, eram objetivos do hospital.
“Essa novidade é extremamente interessante para a população, pois agora os pacientes com problemas complexos de cálculos renais conseguem ser tratados na própria cidade, não precisando mais se deslocar para grandes centros. Consideramos isso um grande avanço para o município”, celebrou o médico e diretor técnico da Santa Casa, Vitor Augusto de Andrade. (Da Redação)