Visando a melhoria em sua estrutura de atendimento aos pacientes, a Santa Casa de Misericórdia de Mogi Mirim assinou um termo de doação para o recebimento de dois novos reservatórios de água, que chegam ao hospital após doação realizada pelo Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae). O material será utilizado para pacientes submetidos à hemodiálise, procedimento voltado para o tratamento dos rins, em que uma máquina limpa e filtra o sangue, liberando resíduos que prejudicam a saúde. Um dos reservatórios será de uso exclusivo da hemodiálise, enquanto o outro estará à disposição do restante dos serviços oferecidos pelo hospital.
Na ocasião, participaram da assinatura do termo o provedor da Santa Casa, Josué Lolli, o médico responsável pelo setor de Nefrologia, Ricardo Fazani, o ex-presidente do Saae, Luciano Lopes, e o também ex-secretário de Saúde, Gerson Rossi. Existente há dez anos no hospital, o serviço, antes realizado por uma empresa especializada, ao custo de R$ 140 mil ao mês, deixou de ser terceirizado há cerca de três anos. Após assumir o trabalho em 2013, a Santa Casa conseguiu uma economia em torno de R$ 30 mil.
Josué explicou que os reservatórios eram uma solicitação antiga do hospital, e que não havia um depósito voltado exclusivamente para o tratamento. Em situações de falta de água foi necessário o amparo de caminhões pipa. O médico Ricardo Fazoni explicou que cerca de 90 pessoas utilizam o serviço diariamente, de segunda a sábado, em três turnos. Com isso, em média, a hemodiálise consome de 15 a 20 mil litros de água por dia.
“É um consumo extremamente alto que é necessário para a manutenção e qualidade de vida dos pacientes. Á agua é o coração do tratamento da hemodiálise, pois passa pelo sangue, ajuda na limpeza do que não é mais filtrado pelos rins. A água tem contato direto com o sangue do paciente, então é necessário um tratamento altamente qualificado”, explicou.
A importância no cuidado é tanta que após o hospital receber a água já tratada pelo Saae, um novo tratamento, ainda mais específico, faz a retirada de todas as impurezas. “Temos hoje um modelo de tratamento e de atenção ao paciente renal crônico em hemodiálise na Santa Casa. É um tratamento realmente de excelência”, complementou o médico.
Ex-secretário de Saúde, mas responsável por conduzir as negociações que culminaram nas doações, Gerson Rossi destacou que, hoje em dia, a nefrologia oferecida pela Santa Casa é referência na região, e que pacientes de outros municípios, como Mogi Guaçu, Itapira, Estiva Gerbi, São João da Boa Vista, Santo Antônio de Posse, entre outros, utilizam do serviço do hospital.