Um parceria firmada entre a Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, e a Santa Casa de Misericórdia de Mogi Mirim poderá diminuir consideravelmente a fila de espera para cirurgias. Isso porque, na quarta-feira, a direção da pasta divulgou que o Município e o hospital chegaram a um consenso e decidiram pelo início imediato da realização de cirurgias eletivas que estavam em débito com o Poder Público. Até o mês de outubro, mais de 400 procedimentos devem ser executados.

O primeiro quadrimestre de 2017 fechou com apenas 41 cirurgias eletivas realizadas pela Santa Casa. O número foi apresentado durante a prestação de contas da Saúde, no final de maio, na Câmara Municipal. Na ocasião, a secretária da pasta, Rosemary Fátima Silva, a Rose, explicou que, por conta da grave crise financeira, o hospital retomaria aos poucos as cirurgias e exames feitos para o Município.
Segundo o Governo Municipal, o acordo determina o prazo de julho a outubro para que sejam feitas 40 cirurgias eletivas mensais, totalizando 161 procedimentos. A efetivação destas consultas, que já constavam em contrato, não alterará a demanda dos procedimentos mensais. “Ou seja, os pacientes agendados serão atendidos normalmente, acrescidos das cirurgias que já constavam em contrato, mas que ainda não haviam sido realizadas. Estamos fiscalizando e apurando cada convênio”, esclareceu Rose.
Plantões médicos
Além das cirurgias eletivas, há também um superávit em favor da Prefeitura referente ao convênio de plantões médicos. Neste caso, a Saúde possui créditos em consultas com médico vascular, em exames e também em cirurgias. “Ao observamos os contratos anteriores, entramos em conversações com a Santa Casa para que, juntos, pudéssemos regularizar a situação”, afirmou Rose. A iniciativa favorece diretamente os pacientes que constam em lista de espera.
Segundo o acordo que regulamenta as ações da parceria em plantões médicos, são 962 procedimentos a serem compensados, sendo 428 consultas com médico vascular, 283 exames, distribuídos por diversas especialidades em colonoscopia, eletroneuro, eletroencéfalo, endoscopia e retossigmóidoscopia, e 251 cirurgias abrangendo ortopedia, vascular e geral. Portanto, se somadas as cirurgias eletivas e as dos plantões médicos, o Poder Público tem um superávit de 412 procedimentos, o que favorecerá os pacientes que necessitam de uma cirurgia.
Queda
Em 2013, a Santa Casa realizava 96 procedimentos por R$ 112 mil repassados pelo Município, conforme dados divulgados pela Administração. No entanto, esse número foi caindo até 2017. Atualmente, ao analisar os processos contratuais, a Saúde verificou que são feitos 30 procedimentos por R$ 35 mil. Ou seja, houve uma diminuição nos valores destinados às cirurgias, durante quatros. Consequentemente, o número de procedimentos executados também baixou.
Ambulâncias
Procurada por O POPULAR, a Prefeitura informou que sete ambulâncias, antes sem funcionamento, já voltaram a ser utilizadas nos atendimentos médicos. Contudo, duas delas ainda permanecem fora de circulação. De acordo com a Administração Municipal, o conserto, além de ter um custo alto, não garante o “prolongamento da vida útil” do veículo.
Segundo a secretária, um dos carros prossegue em uma concessionária autorizada, pois há a necessidade de reposição de peças. Rose ainda explicou que a maioria dos atendimentos realizados por ambulâncias são feitos no município. Por exemplo, quando os pacientes recebem alta no hospital, após uma cirurgia, e necessitam ir para casa, ou se precisam ser transportados em uma maca até outra cidade.