Bom, já contei aqui, mas recordando e, para quem não sabe, também sou professora. Dou aulas na rede estadual em História, Conhecimentos Gerais, em uma instituição, e também sou voluntária em um cursinho pré-vestibular. Ou seja, todo dia saio de manhãzinha com a “casa” nas costas (mentira!! é uma mochila gigante e pesada que, em breve, poderá me causar problemas na coluna), migrando de um local para o outro com meus livros, cadernos, estojo e mil ideias na cabeça. Tem dias que as coisas funcionam bem, mas tem dias que não.
Mas o que eu queria dizer é que nesta semana também fiquei pensando em como os papéis se invertem na sociedade. Porque, ora estou como professora, ora me enquadro como aluna. Na academia que frequento, que é a Scult, uma academia para mulheres, por exemplo, eu sou a aluna. Lá é Fernanda Rosa, que também é a proprietária da academia, e a professora Hellen Barbosa Santos, que pegam no meu pé, me ensinam e cobram os resultados, proporcionando toda atenção e momentos divertidíssimos. Um deles, ocorreu nessa semana. Durante um exercício a Fernanda me disse que estava parecendo o dinossauro da Turma da Mônica, o Horácio, por conta da posição do corpo e das mãos. A gente riu tanto, mas tanto, que estou rindo até agora em lembrar!
Mas voltando. Nessa semana, enquanto conversava com a Fernanda vi que minhas fichas estavam todas juntas. Já são quatro, o que significa que já mudei quatro vezes de treino. Isso é um progresso em minha vida, que penava em ir para a academia.
Fiquei pensando o quanto deve ser gratificante para as professoras da academia também em ver o progresso de suas alunas, porque realmente me sinto muito feliz quando os meus se dão bem nas aulas, nos exercícios e começam a se transformar. Isso é muito, mas muito legal mesmo!
E, aí que nessa semana estava lendo sobre alguns assuntos referente a segregação racial nos Estados Unidos para uma de minhas aulas e encontrei duas frases que me fizeram refletir sobre a questão de ajudar a transformar a vida das pessoas.
As duas são do pastor e ativista Martin Luther King, que lutou contra a violência e que frisava a importância do amor ao próximo. As frases me ajudam a pensar sobre uma das coisas mais legais em ser professor, que é: “Se eu ajudar uma pessoa a ter esperança não terei vivido em vão”.
Então, a proposta é que saímos de nossa bolha e possamos compartilhar inspirações, sonhos e possibilidades, independente de nosso papel. Para finalizar, Luther King dizia: “A mais urgente pergunta a ser feita nesta vida é: O que fiz hoje pelos outros?”.
Ludmila Fontoura é jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, a Puc-Campinas, além de Historiadora e pós-graduada em História Social pelas Faculdades Integradas Maria Imaculada de Mogi Guaçu, as Fimi.