Respeitáveis leitores, esse tal de bichinho xing ling original da China está dando o que falar no Brasil, hiem? É corona vírus pra lá, coronavírus pra cá. Ninguém quer pegar. Então, não Covid para entrar. Mantenha distância. Mesmo tentando, o bichinho asqueroso já causou crise na saúde pública, na economia, e até política.
“O governador [João Doria] manda ficar em casa. O presidente Bolsonaro manda sair de casa”, retrata a vereadora Maria Helena Scudeler de Barros. Ninguém se entende. Um fogo cruzado só e o povo que nem barata tonta no meio dessa guerra de vaidades fora de hora.
“Absurdo o que está acontecendo em São Paulo. Maquiavelicamente, o governador vai prorrogando a quarentena. O que vai ser do trabalhador”, questiona Magalhães, que é do mesmo partido de Doria, mas que não comunga de suas decisões, para ele, equivocadas.
“Não acredito que o governador esteja fazendo masoquismo por capricho, prejudicando os paulistas e os brasileiros com suas medidas. Lamento a perda de tempo dessas discussões entre governadores e o presidente. Espero que esse desserviço não traga mais vítimas e dissabores para a nossa população, bem como o desemprego”, rebateu Gerson Rossi Júnior.
“[Essa crise toda] Não é [culpa] nem do Doria, nem do Bolsonaro, nem do Trump [presidente americano]. É do coronavírus. É o corona o culpado dessa crise”, pondera Maria Helena.
Essas narrativas ocorreram durante a sessão legislativa de segunda-feira e mostram que não há, nem mesmo aqui, longe do epicentro da crise, por enquanto, consenso sobre como lidar com a situação, qual caminho seguir.
A impressão que dá é de que estamos num mato sem cachorro. Afinal, é sensato buscar o máximo de prevenção contra a Covid-19, como pede Doria, ao mesmo tempo em que trabalhar é necessário para não morrer de fome, como fala Bolsonaro.
Ah se nós, brasileiros, fossemos tão disciplinados quanto os nipônicos para voltar à normalidade o mais rápido possível. Vamos acabar ficando loucos. Por hoje, só sexta que vem.