A secretária de Cultura e Turismo de Mogi Mirim, Bárbara Mattos de Moraes Silva, à frente da pasta desde o início de junho, após a saída do ex-secretário Francisco Roberto Scarabel Junior, quebrou o silêncio e falou pela primeira vez na noite da última segunda-feira, na tribuna livre na Sessão da Câmara dos Vereadores. A participação foi rápida, com duração de cerca de 20 minutos, tempo que serviu para a explicação da distribuição das aulas no Centro Cultural, além de questionamentos de parte dos vereadores.
Em sua edição de 5 de julho, O POPULAR publicou reportagem mostrando que a secretaria havia cancelado diversos horários de dança de rua e de teatro, que eram oferecidas no período noturno e aos sábados. O fato desagradou inúmeros alunos, alguns deles até de outras cidades. À época, a alegação da pasta era de que as aulas não foram canceladas, mas sim reajustadas, em demasia no curso de dança de rua, tese repetida por Bárbara em sua explicação. “Nenhuma aula foi cancelada, o que houve é uma reestruturação para atender um número maior de alunos”, resumiu a nova secretaria.
Segundo ela, determinados grupos tinham alunos à noite, com professor exclusivo, mas que agora as aulas foram distribuídas para outros horários no decorrer da semana.
Um dos objetivos é ampliar o leque de alunos e captar um número cada vez maior de participantes das oficinas oferecidas pelo Centro Cultural, que hoje, chegam a 16, segundo planilha divulgada aos vereadores. Além disso, a secretária informou que vem aumentando o número de alunos atendidos. De 312, o intuito é expandir para até 875 pessoas. Atualmente este número chega a 500 pessoas.
Questionamento
Bárbara foi alvo de questionamentos de alguns vereadores, como Luzia Côrtes Nogueira (PSB), que pediu maior inserção de jovens e adolescentes nas oficinas, além de receber elogios do vereador Waldemar Marcúrio Filho, o Ney (PT). Por outro lado, a cobrança mais forte veio de Luiz Roberto Tavares, o Robertinho (SDD).
O vereador indagou a secretária sobre o número de professores do Centro Cultural, não respondido por ela, que afirmou necessitar de uma melhor avaliação a fim de dizer o número correto de profissionais. Robertinho revelou a intenção de promover uma audiência pública para debater a atual situação das aulas no Centro Cultural.