A Secretaria de Saúde confirmou ao O POPULAR, ontem, o óbito de um homem de 50 anos causada por complicações da febre maculosa, causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida pela picada de carrapato específico, chamado de carrapato-estrela.
O óbito, segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, ocorreu em 19 de outubro, e estava sob investigação. O nome da vítima não foi informado. Ela era moradora na Zona Leste da cidade.
Segundo informações, esse homem criava cavalos em uma propriedade e as primeiras investigações dão conta de que ele possa ter contraído a doença através de uma picada de carrapato hospedeiro de um de seus animais. Capivaras também são hospedeiras do vetor.
Familiares passaram por investigação epidemiológica e passam bem. A Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) realiza pesquisa acarológica. Esse tipo de pesquisa é requisitado quando uma doença pode trazer epidemia a uma região.
Os agentes comunitários de saúde da Prefeitura estão recebendo treinamento e materiais para orientação da população, o que deve ocorrer nas próximas semanas.
Gravidade
Segundo especialistas, para desenvolver a doença é necessário estar em contato com o carrapato por seis a 10 horas. A doença tem cura, mas, para evitar complicações graves, é necessário que o tratamento se inicie logo após a manifestação dos primeiros sintomas, como febre e dor de cabeça, náuseas, vômito, por exemplo.
Paralisia, inflamação do cérebro, insuficiência respiratória ou insuficiência renal são algumas das situações que podem colocar a vida do paciente em perigo.
“Uma das principais complicações da febre maculosa é a infecção do sistema nervoso central, causando encefalites, confusão mental, delírio, entre outros sintomas ligados ao sistema central”, disse o clínico Gabriel Resende.