Nas últimas semanas, pesquisadores da Universidade Johns Hopkins Medicine, em Baltimore, nos Estados Unidos, concluíram em um estudo publicado em 2018 que aumentar a atividade física durante a meia idade, num período de seis anos, está associado à redução do risco de insuficiência cardíaca, problema que afeta cerca de 6 milhões de americanos. São 26 milhões de pessoas em todo o mundo com o diagnóstico.
O estudo foi realizado com dados de 11.351 adultos americanos com idade média de 60 anos, sendo que 57% eram mulheres e a maioria era branca ou afro-americana. O grupo foi monitorado anualmente, por cerca de 19 anos, para doenças cardiovasculares, como ataque cardíaco, derrame e insuficiência cardíaca.
O acompanhamento foi feito através de entrevistas telefônicas, registros hospitalares e atestados de óbito. Ao longo do estudo, houve 1.693 hospitalizações e 57 mortes devido à insuficiência cardíaca.
Na primeira e na terceira visitas, com seis anos de intervalo, cada participante preencheu um questionário, registrando os níveis de atividade física, de acordo com diretrizes da Associação Americana do Coração. A quantidade “recomendada” era de 75 minutos por semana com intensidade vigorosa ou 150 minutos com intensidade moderada. Após a terceira visita, 42% dos participantes disseram que realizavam os níveis recomendados de exercício; 23% mencionaram níveis intermediários; e 35% baixos níveis de atividade.
Aqueles com níveis de atividade recomendados na primeira e na terceira visitas mostraram maior redução do risco de insuficiência cardíaca em 31%, em comparação com aqueles que faziam menos exercícios.
A mesma análise revelou que ficar apenas seis anos sem fazer atividade física na meia-idade está relacionado a um risco aumentado do transtorno. A descoberta reforça a importância da prática de atividade física moderada a intensa, durante 150 minutos por semana.
Isso inclui caminhadas rápidas ou ciclismo, o que na meia-idade pode ser suficiente para reduzir o risco de insuficiência cardíaca em 31%. O que também chama a atenção no estudo é que, mesmo que a pessoa não tenha feito nenhum exercício durante os seis anos, e iniciar após este período, poderá reduzir o risco de insuficiência cardíaca em 23%.
A pesquisa, que está publicada na revista Circulation, é observacional, o que significa que os resultados não podem e não mostram uma relação direta de causa e efeito entre exercícios e insuficiência cardíaca. Entretanto, os pesquisadores alertam que, em adultos de meia-idade, nunca é tarde para reduzir os riscos cardíacos através dos exercícios moderados. (Com informações do EU ATLETA)
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