Com pouco mais de 10 meses para o aniversário de 250 anos de Mogi Mirim, a Prefeitura começou a se mexer de olho em uma programação que honre a data e toda a história da cidade. Na noite de quarta-feira, o prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB) apresentou a comissão organizadora dos festejos. Formada por secretários municipais, representantes de diversas camadas da sociedade, como música, arte, cultura, esporte, turismo, entre outras, o grupo reúne 20 pessoas que, desde 17 de janeiro, discutem a articulação de uma agenda recheada.
A partir do final deste mês, até outubro, o Poder Público irá promover em toda a cidade uma série de eventos alusivos ao aniversário. Serão gincanas, jogos, caminhadas, exposições, apresentações artísticas e culturais. Outra novidade foi a apresentação de um selo comemorativo, com o número 250 e a imagem da Matriz de São José, criado pela Secretaria de Relações Institucionais. O selo será utilizado em toda apresentação pública da Prefeitura até outubro, assim como adesivos em veículos da frota municipal e documentos oficiais.
Nenhum detalhe sobre data e eventos foi apresentado pela comissão, que guarda a sete chaves cada passo da agenda. Uma novidade, confirmada pela secretária de Educação Flávia Rossi, uma das peças chaves da comissão, é o retorno do desfile cívico por ruas e avenidas da cidade no dia 22 de outubro. Ao O POPULAR, Flávia afirmou que trabalha com três a quatro possibilidades sobre o local, também não revelado. A volta do desfile pelo Centro, saindo da Rua Monsenhor Nora, passando pela Praça Floriano Peixoto, o Jardim Velho, a Rua Chico Venâncio e a Rua José Bonifácio, responsável por atrair centenas de pessoas no passado, é uma das possibilidades.
“Temos representante de vários segmentos, pessoas para fazer efetivamente a representação dos quase 92 mil habitantes de Mogi Mirim. Uma cidade com a história que tem Mogi Mirim merece um ano de comemoração, não só dia 22 (de outubro). Todas as secretarias envolvidas já têm seus conselhos, representantes e organizações com seus eventos. O que essa comissão especial dos 250 anos tem como missão e tarefa é fazer a junção das ações e somar forças, aproveitando tudo que já tem no calendário do município”, destacou Flávia.
Instinto criativo
Carlos Nelson exaltou a iniciativa, o empenho da comissão e aproveitou para pedir que os membros coloquem para fora o instinto criativo. “Vamos estimular nossa criatividade coletiva e tentar marcar, com o mínimo de brilho e entusiasmo, os 250 anos de Mogi. Gostaria que essa comissão ponha para fora sua criatividade, sua imaginação, seus relacionamentos, que se somassem e demostrassem suas ideias. No coletivo que as coisas se consolidam”, discursou.
História
A ideia é descentralizar a programação por toda a cidade, levando eventos para espaços públicos estratégicos e de tradição no município, assim como bairros. As ações contarão ainda com atividades realizadas na Faculdade de Tecnologia (Fatec) Arthur de Azevedo, a Escola Técnica Estadual (Pedro Ferreira Alves), o Fundo Social de Solidariedade e entidades assistenciais.
Outra vertente trabalhada pela comissão é a inserção da história da cidade como papel educacional, através da participação de historiadores, pesquisadores e profissionais ligados à história e cultura no aprendizado dos estudantes.
“A ideia é fazer com que esse fator histórico seja levado a nossos alunos. Só na rede municipal e estadual, temos cerca de 22 mil alunos, fora a Etec, Fatec e a rede privada. Queremos que os profissionais e historiadores venham contar as histórias e lembranças”, explicou a secretária.
Tóride apresenta maquete e sugestão de obelisco na Praça Rui Barbosa
Membro da comissão, o artista plástico Tóride Celegatti levou à Estação Educação uma maquete, feita de plástico e madeira, com uma proposta de construção de um obelisco em homenagem aos 250 anos na região dos coqueiros, na Praça Rui Barbosa. A sugestão, que pegou a comissão de surpresa, será analisada pelo grupo, a fim de checar a viabilidade do projeto.
“Entendo ser bonita a área, um lugar gostoso e onde eu acho que deveria ser instalado. Tomara que eles (comissão) gostem da ideia e façam isso”, comentou Tóride, à reportagem.
O artista plástico produziu a maquete em apenas três dias, e brincou que não teve tempo de comprar as luzes que iluminariam sua arte, arrancando risos da maioria do público presente na quarta-feira.