A greve geral dos funcionários públicos municipais de Mogi Mirim, que entrou no 8º dia nesta terça-feira, 5, continua e poderá ter adesão de 100% dos servidores da Educação, a partir da próxima segunda-feira, 11.
O sindicato da categoria (Sinsep) e a Prefeitura voltaram a se sentar para mais uma rodada de negociação nesta terça-feira, 15, às 13h30, em uma audiência virtual diante do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região de Campinas (TRT-15).
E, mais uma vez, não houve acordo. A Administração Municipal segue irredutível quanto à demanda de seus trabalhadores, que lutam por um reajuste salarial de 11,09%. O governo de Paulo Silva (PDT) oferece 2%. E não demonstra disposição para melhorar esse índice.
Por outro lado, a Prefeitura colocou na mesa uma proposta de acrescentar R$ 50 ao vale-mercado de R$ 300 já aprovado na Câmara Municipal, totalizando R$ 350 de auxílio alimentação.
Mas o sindicato rejeitou a proposta, com apoio da categoria. No entanto, ela só vai a votação na manhã desta quarta-feira, 6, a partir das 9h, quando os servidores grevistas voltam a se concentrar em frente ao Gabinete do prefeito, na Estação Educação.
O resultado já é sabido. Não vão trocar 11,09% pelo que estão brigando por mais R$ 50.
“A gente está com o coração aberto para negociar, mas venham com uma proposta digna. R$ 50 não paga nem meio botijão de gás”, disse o advogado do Sinsep, Alison Silva.
Educação
Até sexta-feira, 8, ficou acordado com o TRT-15 de que o movimento de greve manteria 30% dos servidores nas escolas atendendo os alunos. Mas, assim como o Sinsep, o Tribunal chegou ao entendimento de que Educação não é serviço essencial e, portanto, poderia ter a adesão de 100% dos servidores da pasta.
“A partir de segunda-feira que vem vamos para os Cempi’s e chamar todos os professores, merendeiras para aderir nossa paralisação. Precisamos estar juntos para mostrar a nossa força. Quem quiser convidar pais de alunos também pode”, disse o presidente do Sinsep, David Barone.
Excel
Nas audiências de mediação e conciliação, a Prefeitura, segundo o Sinsep, tem demonstrado através de planilha de Excel números que mostram o gasto com pessoal no limite prudencial. Por outro lado, nenhum documento é apresentado, de fato, também segundo o Sinsep.
“Não vamos aceitar planilha de Excel. Por que não mostram as contas como elas são. Porque o que temos visto é votação, na Câmara, de créditos adicionais, suplementares, por excesso de arrecadação. Então, a Prefeitura tem dinheiro”, observou o advogado.