Um vexame foi protagonizado pelo Mogi Mirim na tarde de sábado, no Estádio Vail Chaves, pela oitava rodada do Campeonato Paulista Sub-20. A partida do Sapinho diante do União Barbarense não foi realizada em função de o clube não ter um desfibrilador em pleno funcionamento no momento do início do jogo.
O quarto árbitro da partida, Bruno Camossi, disse na hora que o clube havia perdido por W.O. Porém, a súmula do jogo não registra vencedor e nem placar para o jogo. Embora haja grandes chances de o W.O. ser confirmado, o caso irá a julgamento pelo Tribunal de Justiça Desportiva. Segundo informações da Federação Paulista de Futebol, o Mogi Mirim deve ser denunciado amanhã e o julgamento ocorrer na segunda-feira. O clube terá direito à defesa.
Na tabela presente no site da Federação, há apenas a informação que o jogo não foi realizado. O União Barbarense não teve pontos contabilizados na classificação. O Mogi confia no agendamento de uma nova data para a partida como resultado do julgamento.
Na súmula, o árbitro Junior Lima dos Santos informa que a equipe de arbitragem aguardou os 30 minutos previstos no regulamento, além de ter dado uma tolerância de mais 20, totalizando 50 após o horário oficial do jogo, marcado para 15h. Sem um desfibrilador, o árbitro determinou a não realização do jogo.
O desfibrilador é uma exigência do parágrafo VII do artigo 49 do regulamento geral de competições da Federação Paulista. Caso a partida não seja realizada pela falta do equipamento, o clube mandante fica sujeito à multa, além de demais sanções aplicadas pela Justiça Desportiva.
Atraso
O desfibrilador presente na ambulância não estava funcionando. Segundo a assessoria do Mogi, a bateria do equipamento não estava carregada, mas o desfibrilador não estava quebrado e poderá ser usado no próximo jogo. Diante do problema observado pela arbitragem, o Mogi correu atrás de outro equipamento. O clube possui dois, mas o outro estava com o time profissional, em Varginha. Desta forma, o Mogi conseguiu providenciar um emprestado da Unimed. Mas quando o equipamento chegou ao estádio, o árbitro já havia encerrado o jogo.
A assessoria de comunicação do Mogi Mirim afirma ter avisado o árbitro que o desfibrilador estava chegando e recebeu uma sinalização positiva como resposta. Porém, dois minutos depois, quando chegou, o árbitro foi informado, mas disse que já havia encerrado o jogo e não quis realizar a partida. Segundo a assessoria, os jogadores dos dois times ainda estavam no gramado.
O Mogi Mirim tinha amplo favoritismo, pois além de jogar em casa estava na quarta colocação do Grupo II, com 11 pontos, enquanto o Barbarense era o décimo colocado, com seis. Agora, o Sapo está em quinto lugar.
