sábado, novembro 23, 2024
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Sem dinheiro, Prefeitura escancara crise e cancela até os desfiles cívicos

Após anunciar uma série de medidas para conter as despesas, com economia em contas de água, telefone, energia e no uso de ar-condicionado e ventiladores, conforme antecipado por O POPULAR em sua edição de quarta-feira, a Prefeitura comunicou o cancelamento dos desfiles cívicos em alusão ao Dia da Independência do Brasil. Mergulhada em uma crise financeira, não serão mais realizados o desfile no distrito de Martim Francisco, que aconteceria na manhã deste domingo, e no dia 7, na Avenida Adib Chaib. A decisão atende ao decreto 6.973/15, publicado no Diário Oficial do Município, no último sábado, que estabelece medidas para cessar os gastos. Até o desfile do aniversário da cidade, em 22 de outubro, foi suspenso.

A justificativa para a anulação dos festejos atende ao pé da letra o que é pedido no decreto. Em nota enviada à imprensa, o Executivo alega que “promover os desfiles cívicos, neste momento, demandaria gastos com combustível para o transporte de alunos, pagamento de serviços de motoristas e dos profissionais de educação, além de investimento em decoração e contratação de serviços de som”.

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Centenas de crianças, estudantes e outros profissionais não irão desfilar no dia 7 de setembro e no aniversário de Mogi Mirim. (Foto: Arquivo)

Como seriam?

Amanhã, desfilariam a partir das 8h, pela Avenida Luiz Pilla, em Martim Francisco, o Tiro de Guerra, Guarda Civil Municipal, Brigada de Incêndio, Polícia Militar e Polícia Rodoviária. As fanfarras da Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Professor Jorge Bertolaso Stella e da unificada, formada por integrantes das escolas Ernani Calbucci, São Judas Tadeu e Altair Polettini também percorreriam a avenida, além da fanfarra da escola Professor Humberto Brasi. O Clube de Desbravadores Estrela da Manhã e alunos da Escola Estadual Professor Aristides Gurjão e da EMEB Professor Bráulio José Valentim completariam o desfile.

No dia 7 de setembro desfilariam na Avenida Adib Chaib seis escolas municipais, representantes das escolas estaduais e demais entidades.

A contenção de gastos imposta pela gestão de Gustavo Stupp (PDT) teve início no ano passado, com cortes e redução na remuneração de servidores comissionados, renegociação de contratos, redução do número de adiantamento de despesas e diminuição de horas extras.

Corte de despesas veio após decreto
A crise foi escancarada pela Prefeitura após decreto divulgado na última semana. Os pedidos foram desde a suspensão de novas nomeações e contratações até a redução dos gastos em 10% nas contas de água, energia e telefonia. Compras serão realizadas somente com autorização expressa do Secretário de Governo e estão suspensos novos investimentos no município, com exceção dos necessários para o cumprimento de percentuais estabelecidos pela Constituição federal, voltados para a Educação e a Saúde, de obras previamente autorizadas e já iniciadas pela Administração.

Diárias e passagens para viagens serão concedidas somente em caráter excepcional e todos os órgãos e entidades da Administração deverão reduzir o uso de equipamentos de ar-condicionado, ventiladores, impressão de documentos e combustível. Horas extras também não poderão mais ser realizadas, com a ressalva em situações de extrema necessidade.

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