sábado, novembro 23, 2024
INICIAL☆ Capa EsporteSem novidades: MMEC mais uma vez entre os piores

Sem novidades: MMEC mais uma vez entre os piores

O torcedor do Mogi Mirim Esporte Clube tem inúmeros motivos para reclamar da atual diretoria, que assumiu o clube em 2015, na elite estadual e na Série B do Campeonato Brasileiro e conseguiu a façanha de deixar a agremiação inativa no profissionalismo por três anos, algo inédito desde a década de 1970.

Porém, cometerá uma enorme injustiça quem disser que a gestão atual causa surpresas. É possível, assim, acompanhar o campeonato com uma certeza: o Sapão de Luiz Henrique de Oliveira vai terminar entre os piores colocados. Treinadores, jogadores e demais funcionários podem se esforçar ao máximo, driblar com todas as forças os problemas estruturais, mas, ao final, o resultado será o mesmo. É um ciclo que se contrapõe a uma história de títulos registrada desde a primeira disputa, a Liga do Centro, em 1904. Enquanto não é possível virar esta triste página, vamos encará-la e contá-la.

Pois bem, no domingo, 26, o MMEC empatou em 1 a 1 com o Grêmio São-carlense, no Estádio Luizão, em São Carlos. A partida foi válida pela 10ª rodada do Grupo 03 da Segunda Divisão do Campeonato Paulista. Ou seja, do quarto e último nível estadual. Willian até abriu o placar para o Sapo, aos 46 do primeiro tempo. Porém, Lauro, aos 28 da etapa final, empatou para o Grêmio.

Assim, o Sapo foi o lanterna da sua chave, com seis pontos, mesma condição da rival Esportiva Itapirense que ficou à frente por ter tido um saldo de gols melhor (-7 x -8). Rio Branco, Independente e São-Carlense avançaram de fase no grupo. Já o Sapo, com o resultado, finalizou a primeira fase como o quarto pior time entre os 30 participantes.

O Sapão de LHO fez jus às campanhas registradas desde 2015 e conseguiu a façanha de ter o pior ataque, com apenas três gols marcados. A inoperância ofensiva foi pior até que do Atlético Mogi, que marcou seis vezes, perdeu todos os jogos e não vence uma partida desde 2017, caminhando para bater o recorde do Íbis-PE quando o clube nordestino se tornou o “Pior do Mundo”. Osvaldo Cruz e América, com cinco pontos, conseguiram ficar atrás do Mogi Mirim, mas marcaram mais gols também. O interessante é que a defesa, com 11 gols sofridos, teve desempenho melhor que do São-carlense, que sofreu 12 e avançou de fase como terceiro melhor do Grupo 03.

Apesar da campanha pífia, o Sapo não foi rebaixado, uma das marcas da atual diretoria. Isso porque o regulamento não prevê rebaixamento, claro. No ano que vem, caso cumpra com as determinações da Federação Paulista de Futebol (FPF) o MMEC poderá disputar, novamente, a última divisão estadual.

Saga
Desde 2015, o Mogi Mirim EC participou de oito competições profissionais. Na Série B de 2015, o primeiro torneio com Luiz Henrique de Oliveira no lugar de Rivaldo Ferreira, o Mogi foi o lanterna entre 20 clubes, registrando a segunda pior campanha de um clube na Série B desde 2006, quando o torneio passou a ser disputado no atual formato. Façanha com o “Selo LHO de falta de qualidade”.

Na Série A1 do Paulista de 2016 o MMEC foi o quarto pior time. Como quatro caiam, o Sapo foi parar na Série A2. No mesmo ano, uma situação fora da curva. Na Série C, foi o sétimo colocado entre 10 clubes e, como dois eram rebaixados na chave, o descenso ficou com Guaratinguetá e Portuguesa, que conseguiram ser piores, assim como Macaé, que também escapou.

Na A2 de 2017, porém, o clube voltou a beijar o “Fantasma do Rebaixamento”. Seis equipes caiam para a A3, mas a queda foi bruta, com um penúltimo lugar registrado, com apenas 17 pontos de 57 disputados e um feito inédito em mais de 40 anos. Desde 1982, quando se estabeleceu na então Divisão Intermediária e depois conquistou o acesso inédito à elite, em 1985, o MMEC nunca havia saído das duas principais séries estaduais.

Feito conquistado por LHO & Cia. No mesmo ano foi a vez de desfilar maus resultados na Série C. Com apenas 13 pontos, W.Os por falta de pagamento aos atletas, uma derrota por 8 a 1 para o Joinville, a pior em nível profissional, entre outros problemas, o Alvirrubro fez a pior campanha de sua chave e “caiu com louvores”.

Era um indicativo de um 2018 ao melhor estilo “Atual MMEC”. Na volta à Série A3 após 37 anos, o Sapão conseguiu, em primeiro lugar, ficar sem estádio e foi obrigado a mandar as partidas em Itapira após descumprir as exigências para liberar o Vail Chaves. Com mais um W.O. no currículo, apenas sete pontos em 57 disputados, uma vitória em 19 rodadas e apenas sete pontos, uma das piores campanhas de um clube na história da A3, a atual diretoria colocou o Mogi na última divisão do Paulista.

Para fechar com “chave de ouro”, uma Série D no mesmo padrão, com apenas uma vitória em seis partidas, foi o lanterna de sua chave e teve desempenho superior apenas a seis equipes entre as 68 participantes. O resultado foi o fim de um ciclo de sete anos seguidos com calendário nacional e a despedida profissional retomada apenas em 2021, com mais uma campanha pífia, ao melhor estilo daquela que é, sem discussão com a história, a pior gestão em quase 118 anos de Mogi Mirim Esporte Clube.

CRÉDITO DA FOTO: Brendow Felipe/São Carlos FC

RELATED ARTICLES
- Advertisment -

Most Popular

Recent Comments