A situação se repete, e mais uma vez com o mesmo desfecho. Na tarde de sexta-feira, um grupo formado por sete proprietários de empresas responsáveis pela operação e condução de vans escolares de Mogi Mirim compareceu à Prefeitura a fim de cobrar o pagamento atrasado dos valores referentes aos últimos meses, antes do encerramento do contrato com a Administração, que desde setembro, opera o serviço. O grupo esteve na Secretaria de Administração e Finanças da Prefeitura, mas não conseguiu falar com a secretaria da pasta, Elisanita Aparecida de Moraes. Como resultado, apenas a promessa de uma reunião, ainda sem data para acontecer.
Proprietários afirmaram à reportagem que os repasses não realizados de 60 a 90 dias vão de R$ 23 mil a até R$ 150 mil, dependendo da empresa. Segundo os manifestantes, a justificativa da Prefeitura é clara: não há dinheiro para o pagamento. Para piorar a situação, não existe uma previsão para que a dívida seja abatida.
Os proprietários alegam que por inúmeras vezes já chegaram a cobrar a Administração, mas que as tentativas são sempre em vão. As despesas das empresas estão relacionadas à manutenção de veículos, pagamento de motoristas e monitores. “Eu acho uma baita injustiça, sempre fomos corretos com eles, então poderiam ser corretos conosco também. Nós somos cidadãos de Mogi Mirim, mas estão fazendo com que fiquemos com uma impressão horrorosa da cidade”, desabafou Cláudia Mortati Davoli, proprietária da CJD Transportes LTDA.
Resposta
Por meio de nota, a Prefeitura afirmou que é de conhecimento público a queda da receita que afeta todos os municípios da região, em especial dos repasses do Imposto sobre Operações Relativo à Circulação de Mercadorias (ICMS), cuja transferência é feita pelo Estado aos municípios. Diante desse quadro, afirmou que a Secretaria de Administração e Finanças segue uma ordem cronológica para os pagamentos dos fornecedores e prestadores de serviços.
Em relação à empresa CJD Transportes, disse que o prazo de pagamento previsto em contrato expirou em setembro. A Secretaria teria se orientado pela cronologia para autorizar os pagamentos e a nota relativa aos serviços prestados pela empresa está no próximo cronograma.