sexta-feira, novembro 22, 2024
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Sempre em alerta pela liberdade

O flerte dos governos com a censura não é uma novidade. Raro é o líder de uma nação que não se importe com uma imprensa livre, pronta para expor tudo o que está no entorno e no núcleo do poder. Não importando se as consequências serão positivas ou negativas.

O presidente Jair Bolsonaro está na função por sua capacidade de atrair votos, claro. Mas, também, porque a imprensa que hoje sofre com seus esporros, expôs as vísceras da antiga situação.
O PT, tratado por muitos como ‘inimigo da nação’, foi defenestrado por meios impressos, cibernéticos, televisivos e radiofônicos. O caminho foi aberto para que Messias subisse a rampa do Planalto.
Hoje, ele se vira contra esta mesma imprensa. A mesma que até hoje sofre com ataques petistas. Que jamais foi aceita por FHC, Itamar ou Collor. Ah, Collor chegou a ter até algumas fatias da mídia a seu favor. Herdou concessões em Alagoas.

Ainda assim, era aquele que se colocava como a salvação da nação. O ‘caçador de marajás’ teve o mandato cassado.  Irônico, não? Antes do primeiro presidente eleito pelo voto direto em quase 35 anos, vivemos em uma ditadura. Não importa se ela é militar ou civil. Comunista ou capitalista. De direita ou de esquerda. Ditadura é ditadura.

Ela mata não apenas aqueles que se opõem ao poder, como sufoca ao máximo todo tipo de imprensa livre. Quem apoia a ditadura, lá no fundo, quer mais é que apenas o seu lado seja exposto. Quer apenas uma única versão dos fatos.  Quer publicidade, não quer jornalismo. Há quem diga que vivemos hoje um flerte com a quebra da liberdade de imprensa. Não se engane, esta paquera nunca acabou.

Desde que o Brasil é Brasil e não mais a terra dos nativos posteriormente exterminados no pós-invasão colonialista, quem está no poder quer que você acredite que tudo é da forma que ele quer.
Não importa se ele tinha uma barba ao estilo dos imperadores do século XIX, bigodes ou penteados ao melhor modelo germânico.

Se era advogado, guerrilheiro, militar, sindicalista. Chegou ao poder há o flerte com a censura. Em alguns mandatos, sob uso de força, ela vingou. Em outros, a liberdade resistiu. Não importa para que lado o seu coração político penda nesta polarização absurda que se transformou a política nacional. Esteja atento. Seja um sentinela da liberdade de expressão. Até porque, nestes ciclos constantes de mudança, a voz que hoje você usa para apoiar este ou crucificar aquele pode ser calada ao menor deslize.

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