sábado, novembro 23, 2024
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Servidores do INSS permanecem em greve; categoria pede reajuste

A greve dos servidores das agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), iniciada na terça-feira passada, já parte para o 12º dia de paralisação nacional. A princípio, as agências na região paralisariam as atividades apenas no dia 7, mas Campinas deliberou greve por tempo indeterminado.

Agência do INSS localizada na Adib Chaib tem média de atendimento de 250 pessoas por dia (Ana Paula Meneghetti)
Agência do INSS localizada na Adib Chaib tem média de atendimento de 250 pessoas por dia (Foto: Ana Paula Meneghetti)

Na última semana, houve adesão das agências de Mogi Mirim, Mogi Guaçu e Itapira. Fazem parte deste quadro as cidades de Sumaré, Pedreira, Valinhos e Santa Bárbara. Em Cosmópolis, os servidores aderiram parcialmente à greve. Já a agência de Hortolândia atende apenas as pessoas quem têm agendamento.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo (Sinsprev), os atendimentos da perícia estão sendo mantidos em todas as agências do INSS, pois a categoria de peritos não aderiu ao movimento.

Em Mogi, o Sinsprev estima que mais de 70% dos funcionários do atendimento e setor administrativo aderiram à greve. O objetivo é pressionar o Governo Federal para uma proposta de reajuste salarial. O último aumento real recebido foi em 2008.

A categoria reivindica um reajuste de 27,3 %, o que corresponde à reposição das perdas salariais devido à inflação, jornada de 30 horas, incorporação das gratificações para aposentados, contratação de mais servidores através de concurso, melhores condições de trabalho, fim do assédio moral e isonomia entre ativos e aposentados.

De acordo com o Sinsprev, 21 Estados já deliberaram greve e cerca de 70% dos agendamentos de benefícios no Brasil deixaram de ser atendidos. A agência, que funciona na Adib Chaib, presta todos os serviços da Previdência Social. A média diária de atendimento é de 250 pessoas por dia.

Negociações
Embora os servidores estejam dispostos a negociar, até o momento não houve uma proposta favorável por parte do governo, que oferece reajuste salarial de 21,3% escalonado em quatro anos, até 2019.

“Ou seja, oferece um índice que não repõe nossas perdas salariais reais e está abaixo dos índices de inflação. Nossa proposta é de 27,3% imediatos mais correções inflacionárias para os próximos anos”, defendeu a Diretoria Regional do Sinsprev.

Na semana passada, a audiência entre o secretário das Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, e o Fórum de Servidores Públicos Federais não avançou nas negociações e nenhuma proposta alternativa à anterior foi apresentada.

Na segunda-feira, em uma nova audiência com o ministro da Previdência Social, Carlos Gabbas, o governo se comprometeu em oferecer alguma contraproposta acerca das demais reivindicações.

A próxima reunião no Ministério do Planejamento está agendada para o dia 21. Ontem, foi feita uma assembleia estadual com os servidores, na sede do Sinsprev, em São Paulo, para discutir o panorama de greve.

Outro lado
Em nota oficial sobre a greve, o INSS informou que os segurados que possuem agendamento para atendimento em uma Agência da Previdência Social (APS) e que não sejam atendidos, em razão da paralisação, terão sua data remarcada.

O reagendamento será realizado pela própria APS e o segurado poderá confirmar a nova data ligando para a Central 135 no dia seguinte à data originalmente marcada.

O texto também reforça que o Ministério da Previdência social e o INSS têm baseado sua relação com os servidores no respeito, “mantendo as portas abertas às suas entidades representativas para a construção de uma solução que contemple os interesses de todos”.

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