Os servidores públicos municipais de Mogi Mirim reprovaram a contraproposta da Administração Municipal de 1,5% de reposição salarial, apresentada dia 6, e aprovaram paralisação geral a partir do dia 23, uma segunda-feira.
A deflagração da greve foi votada ontem à noite em assembleia geral extraordinária do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mogi Mirim (Sinsep). Com isso, o sindicato da categoria segue lutando pelo índice aprovado na assembleia do dia 5 de fevereiro – 13,47%.
A proposta do prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB) foi encaminhada ao Sinsep no dia 6. Além do índice de 1,5% para toda a categoria, a Administração Municipal se compromete com a adequação salarial dos bombeiros, dos secretários de escolas, dos agentes de saúde e dos trabalhadores no setor administrativo.
Outras pautas do sindicato, como R$ 209 de auxílio alimentação para todos os servidores e aumento do seguro de vida para R$ 30 mil (morte natural) e R$ 60 mil (acidental) para servidores da ativa, por exemplo, foram ignoradas pela Administração.
De 2017 até agora, a gestão Carlos Nelson Bueno deu 3,5% de reposição, ou seja, equivalente, em média, a 1,66% por ano, segundo o próprio Sinsep. O presidente do sindicato, David Barone, alega que a Prefeitura tem margem para atender a reivindicação econômica dos servidores.
“Tendo como base a previsão orçamentária de 2020 de R$ 493,6 milhões, o aumento de 13,47% refletiria em um gasto com a folha de R$ 241 milhões, abaixo do limite prudencial de 51,3%. Que dá para dar o índice aprovado pela categoria dá”, avaliou Barone.
Para o advogado do Sinsep, Alison Silva, a deflagração da greve geral é o meio legal para se conquistar melhores salários. O Sinsep protocola hoje a ata da assembleia de ontem à noite comunicando a deflagração da greve e aguardando uma nova contraproposta.
A próxima assembleia geral dos servidores municipais de Mogi Mirim está agendada para quarta-feira, 18, véspera do feriado de São José, para tratar de uma possível nova contraproposta do prefeito Carlos Nelson Bueno, se chegar, ou para definir os rumos da greve geral.