Servidores municipais ontem de manhã durante ato na frente do Gabinete do prefeito Paulo Silva. Sem respostas. Foto: Anderson MendesA greve geral dos servidores públicos municipais entra hoje no 17º dia de manifestação por reajuste salarial. E já se aproxima da terceira semana de movimento, que será na terça-feira, 19. Mas pode acabar antes. Só depende da Prefeitura.
O Sinsep, sindicato da categoria, aguarda desde ontem uma resposta da Administração à nova proposta apresentada na tarde de terça-feira, 12.
Nela, os servidores reivindicam 10% de reajuste salarial e um acréscimo no vale-mercado de R$ 140, chegando a R$ 440. Mas encerram a greve se obterem 7% de aumento e R$ 50 a mais no vale-mercado de R$ 300.
“Nós pedíamos 11,09%, agora pedimos 10%, mas estamos dispostos a negociar até 7%. Além disso, reivindicamos um cartão alimentação no valor de R$ 440, como foi definido na pauta de reivindicações, mas aceitaríamos R$ 350, que foi oferecido pela própria Administração”, disse o presidente do Sinsep, David Barone.
Essa nova proposta foi definida na segunda-feira, 11, pelo sindicato com um grupo de servidores representantes de diversos setores da Prefeitura.
“Agora só depende da Prefeitura”, complementou Barone.
A Administração informou, via assessoria de imprensa, que dará uma resposta ao Sinsep ainda esta semana. O governo Paulo Silva (PDT) oferece 2% de reajuste salarial aos servidores.
Durante esta semana, os grevistas fizeram passeatas em várias ruas do centro da cidade, com a concentração acontecendo na porta do Gabinete do prefeito. Ninguém os atenderam.
Despacho
Tanto Prefeitura quanto o Sinsep tem ordem, requerida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região de Campinas (TRT-15), de apresentarem até hoje seus despachos sobre o dissídio.
O Sinsep terá de informar a situação da paralisação, se está legal, dentro da lei.
“Vamos informar que a greve está dentro da legalidade, sim, com mais de 30% trabalhando nos serviços essenciais, como a saúde. Estamos tranquilos quanto a isso”, disse o advogado dos servidores, Alison Silva.
A Prefeitura, por sua vez, foi obrigada a juntar no processo do dissídio as folhas de pagamento deste ano, e com os valores pagos aos comissionados e de FG’s (funções gratificadas).