Desde que se tornou MIT (Município de Interesse Turístico), em 2019, Mogi Mirim tem avançado nesse segmento com investimentos em turismo e novas possibilidades de captação de recursos. A restauração do prédio da antiga Estação da Companhia Mogiana, iniciada pela Prefeitura em dezembro do ano passado, dá início a uma nova fase turística em Mogi Mirim.
As melhorias contemplam serviços de raspagem das paredes, aplicação de impermeabilizante nas áreas afetadas pela umidade para chapisco e do reboco para posterior pintura, manutenção do vidro, troca dos guias de trilhos das duas portas do auditório, raspagem de todo taco do chão da biblioteca, calafetação e aplicação do verniz e substituição das películas dos vidros existentes.
Também será feita a retirada de 30% do telhamento em telhas francesas para a troca, conforme necessidade, e a retirada de todas calhas e rufos, raspagem e calafetação de toda estrutura do telhado de madeira aparente, aplicação de imunizante para madeiras e depois de todo esse processo para restauração, fazer a aplicação de verniz.
O projeto também prevê a execução de uma cobertura para vagão do trem que será implantado posteriormente no local para visitação, bem como a construção de um alicerce para receber um monumento em homenagem aos imigrantes italianos. A escultura do monumento já foi doada ao Município.
As obras também contemplarão iluminação e sinalização de emergência, detector de fumaça, manutenção da bomba e abrigo do hidrante e serviços na rede elétrica. O projeto, que deve ser finalizado no final deste semestre, está orçado em cerca de R$ 612 mil e os recursos para custear a restauração virão do repasse da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo a Mogi Mirim, por ser classificado como MIT.
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Para este ano, um novo repasse pelo MIT deverá ser aplicado no projeto de revitalização do Complexo do Lavapés, que está sendo encabeçado pela Acimm (Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim). E, para os próximos anos, há a intenção de utilizar o recurso do MIT para ampliar o espaço do Bosque das Jaboticabeiras para a implantação de área de lazer e trilhas de caminhada, por toda a extensão da Rodovia Nagib Chaib (da Etec Pedro Ferreira Alves até o acesso para Mogi Guaçu), margeando o rio Mogi Mirim.
Também está no radar do Município, mas dentro de um trabalho de regionalização do turismo, a implantação de um portal na entrada da cidade, perto da rodoviária, com uma passarela e receptivo para turistas, com biodigestor e ponto de abastecimento de carro elétrico. Segundo o presidente do Comtur, Sebastião Zoli Junior, o projeto já está chancelado pela Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, por meio de um programa de turismo do Estado. Com isso, é possível captar verba do governo estadual ou do Ministério do Turismo para a sua implantação.
Zolli também esteve em Brasília, em novembro de 2022, onde participou de um seminário voltado para programas regionalizados de turismo. Para ele, a importância da sua participação foi conhecer os mecanismos para a captação de recursos. “A gente aprendeu o caminho de como e onde buscar dinheiro”, destacou.
Ele ainda ressaltou o quanto o vídeo institucional sobre Mogi Mirim, enquanto MIT, que está sendo produzido pela Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, pode trazer de benefícios para o Município. Uma equipe de filmagem da pasta estadual esteve em Mogi Mirim em dezembro.
Os profissionais foram recepcionados pelo secretário de Cultura e Turismo de Mogi Mirim, Luiz Dalbo, e por Zolli, que os acompanharam pelos diversos pontos da cidade escolhidos para serem exibidos no material, como a Praça Rui Barbosa, a Igreja Matriz de São José, o Centro Cultural “Lauro Monteiro de Carvalho e Silva”, a antiga Estação da Mogiana (Estação Educação), o Bosque das Jabuticabeiras e o Abrigo Subterrâneo. “A credibilidade e o reconhecimento dados pelo governo estadual ao trabalho que vem sendo realizado no município pode abrir portas para novos investimentos”, apontou.