sábado, novembro 23, 2024
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Sim, temos que auxiliar quem precisa

A saúde é a prioridade máxima em tempos de pandemia. Afinal, jamais podemos comparar uma vida a um emprego. Por mais duro que seja, um emprego perdido pode ser reparado. Uma vida, jamais. Porém, é fato também que vivemos em um mundo refém do capital, portanto, por mais que não se compare a uma vida, o sustento financeiro está entre as necessidades urgentes de qualquer ser humano.

No meio de uma crise sanitária como a atual, em que, para derrotar o principal inimigo, o vírus, o distanciamento social é fundamental, o “efeito dominó” joga milhões de brasileiros a um estado calamitoso. Não que muitos já não estivessem. A maioria do povo brasileiro é surrado, há décadas, por mais que tenha tido um respiro de dignidade há alguns anos, quando até pobre e filho de pobre passou a frequentar locais e consumir produtos antes destinados apenas aos ricos.

É uma balança de desigualdade que vem desde o descobrimento e que jamais será resumida em um único editorial. De toda forma, estamos aqui, em crise. Nós, empreendedores, estamos entre os que sofrem de forma dupla com tudo o que está acontecendo nesta batalha contra a Covid-19. Perdemos familiares, amigos, pessoas que amamos. Vivemos o tempo todo com medo da doença. E com a insegurança do que pode nos ocorrer não só pela pandemia, mas pelas consequências econômicas dela.

Mesmo assim, reconheçamos. Estamos longe de passar fome. Ainda. Muitos dos negacionistas que espalham a doença e travam o reaquecimento da economia gritam com a bandeira da defesa pela economia em punho. Uma defesa desequilibrada, que não pondera a vida neste jogo. Ao contrário da maioria, que briga, sim, pelo trabalho, pelo empreendimento, pelo sustento, mas que compreende as necessidades pela preservação da vida, como distanciamento, uso de máscara e, principalmente, a vacinação em massa.

Neste grupo reduzido, mas nocivo, que nega a doença, estão muitos que, antes deste caos, gritavam contra programas como o Bolsa Família. Chamavam os amparados de “vagabundos”. São aqueles poucos que não entendem que, fora da redoma dele, há, sim, quem passe fome. E a vida toda, não apenas em um período de crise absurda como a atual.

É por esta desigualdade que precisamos destacar programas como o Auxílio Municipal Emergencial, lançado esta semana em Mogi Mirim, em um alinhamento entre Executivo e Legislativo. Foi assim que o Auxílio Emergencial de 2020, aprovado a contragosto, mas usado pelo Governo Federal como bandeira após o sucesso, foi também fundamental. E precisa voltar. De forma torta, é preciso que a balança da igualdade seja reequilibrada. E auxiliar quem mais precisa é um passo fundamental.

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