sábado, novembro 23, 2024
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Sinal verde para a imprudência

Os radares fixos devem voltar a funcionar só dentro de cinco meses. Essa foi a previsão repassada pela Prefeitura, na última semana. A consequência é fruto da gestão do ex-prefeito Gustavo Stupp (PDT), que não renovou o contrato com a empresa que operava e fazia a manutenção dos aparelhos. O motivo alegado, na época, foi a falta de dinheiro.

Os radares de trânsito operaram nas principais ruas e avenidas de Mogi Mirim até outubro do ano passado. O contrato foi encerrado em julho, mas ainda houve uma carência de três meses. Agora, desligados, aumenta-se a preocupação com os riscos de acidentes. É inadmissível que o Poder Público não priorize um trabalho que zele pela vida humana.

Se há dinheiro nos cofres públicos para o pagamento de quase R$ 26 mil mensais, valor reajustado, pela locação do prédio que abriga os gabinetes dos vereadores, o “Palácio de Cristal”, não haveria sequer um centavo para se investir na segurança dos motoristas e pedestres? A Secretaria de Mobilidade Urbana já informou que trabalha com a perspectiva pela abertura de uma nova licitação. Só esse processo deve demorar três meses. Enquanto que para começar a operação dos radares são mais dois meses.

Embora a gestão de Carlos Nelson Bueno (PSDB) tenha prometido intensificar as ações de fiscalização feitas por agentes de trânsito, visando coibir a imprudência, a população ainda continuará vulnerável à ação de motoristas que abusam na direção. Isso porque Mogi Mirim conta apenas com cinco agentes, conforme divulgou a Prefeitura. Ainda que haja um esforço humano para se tentar evitar os possíveis acidentes, os aparelhos são mecanismos imprescindíveis de prevenção.

Os locais em que os radares operavam tinham velocidade programada entre 50 a 60 quilômetros por hora. Segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgadas pela Agência Brasil, em novembro de 2016, todo ano morrem cerca de 1,25 milhão de pessoas em acidentes de trânsito no mundo. O número de feridos varia entre 30 e 50 milhões de pessoas. Brasil, China e Índia respondem por 40% das mortes globais de acidentes devido ao tamanho da população e à taxa de motorização.

De acordo com o portal oficial sobre o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito, entre as principais causas de mortes no trânsito estão o excesso de velocidade e o consumo de bebidas alcoólicas. Acidentes dessa natureza são a principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, particularmente entre homens. O problema é mais um, dos muitos deixados por Stupp, e que a atual Administração Municipal terá de enfrentar.

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