O Sindicato do Comércio Varejista de Mogi Mirim (Sincomercio) aderiu à campanha “Não Aceitamos Novos Fechamentos”. O objetivo é buscar auxílio para o setor e evitar novos fechamos que podem comprometer ainda mais a saúde financeira das empresas.
A iniciativa conta com o apoio de dezenas de entidades ligadas ao comércio de todo o Brasil.
Na campanha são destacados os prejuízos enfrentados pelo setor por conta da pandemia da Covid-19. Entre os principais problemas estão a alta carga de impostos pagos pelo setor, que não foi reduzida, apesar dos longos períodos em que os estabelecimentos não puderam trabalhar como medida de controle da Covid-19. Além disso, os idealizadores da iniciativa ainda destacam que são necessárias vacinas e auxílio econômico urgente para o comércio.
“Sem medidas econômicas concretas não conseguiremos recuperar os milhares de empregos e empresas que ficaram para trás ao longo desta pandemia. O abre e fecha é insustentável. Precisamos permanecer abertos”, destacam no site do evento.
Os dados trazidos por eles ainda indicam que 25% dos comércios já quebraram na pandemia e mais de um milhão de empregos em bares e restaurantes foram extintos.
Para reverter este cenário, várias propostas começam a surgir como, por exemplo, a elaborada pelo FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) que pede a ampliação do horário de funcionamento dos estabelecimentos do setor e a redução dos impostos.
Em Mogi Mirim, o presidente do Sincomercio, José Antonio Scomparin, decidiu aderir a iniciativa por constatar que a situação do comércio na cidade também é preocupante. Na cidade, diversas vezes os comerciantes precisaram fechar seus estabelecimentos em virtude das medidas de controle da pandemia, fizeram adequações necessárias, mas ainda enfrentam restrições de funcionamento. A situação já levou ao fechamento de diversas empresas e comprometeu a saúde financeira de muitas outras.
“Já estamos há mais de um ano assim. Desse jeito não há comércio que resista”, destacou.
Adepto da campanha que tenta impedir novos fechamentos do comércio, ele compreende a importância de se controlar a doença, ainda mais neste momento em que os hospitais voltaram a atingir suas capacidades máximas de atendimento, mas ressalta que a economia também é essencial para manter a vida.
“Sem emprego, sem renda, as pessoas também não sobrevivem. Desse jeito nós vamos sair dessa pandemia com uma crise social descontrolada e com muita gente passando fome”.
Para ele, a vacinação precisa acontecer de forma acelerada para que todos retomem suas vidas, mas, não é só. Os governos precisam olhar com carinho para o comércio.
“Nós precisamos de ajuda. Sem isso, não podemos dizer o que vai acontecer com os nossos empresários. Estamos fazendo tudo o que podemos, mas, sozinhos não vamos longe”, desabafou. (Da Redação)