sábado, novembro 23, 2024
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Sindicato dos Servidores já trabalha de olho no reajuste e não quer saber de migalhas

Com 0% em 2017 e apenas 1,5% no ano passado, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mogi Mirim (Sinsep) trata a valorização do funcionalismo público de Mogi Mirim como uma de suas principais metas para 2019. Com a data-base fixada para março, o sindicato começa, internamente, a se articular de olho no dissídio da categoria. Uma reunião entre os membros da diretoria está prevista para ocorrer ainda este mês, quando serão colocadas em pauta as estratégias durante a negociação e as primeiras medidas para a obtenção de um valor considerado, ao menos, justo pelo sindicato.

Este será o ponto de partida antes da convocação de uma assembleia geral entre os servidores. O encontro deverá acontecer na primeira quinzena de fevereiro. A ideia é chegar à assembleia com números reais sobre qual seria a porcentagem correta aplicada para este ano.

As atenções se voltam para a Prefeitura, em especial ao gabinete do prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB) e a direção da Secretaria de Finanças, comandada por Oliveira Pereira da Costa. Ciente da situação financeira delicada do município, que aos poucos apresenta sinais de melhora, o Sinsep não aceitará um valor abaixo do reconhecimento que a categoria merece. Em outras palavras, nada de migalhas.

Presidente do Sindicato, Luciano Mello, cobra uma maior valorização: “Esse ano precisa mudar”. (Foto: Fernando Surur)

“Eu espero que o Executivo olhe com outros olhos, um olhar mais carismático com todo o funcionalismo. O descontentamento (de funcionários), o desgaste (com o Poder Público) é grande. Esse ano, precisa mudar”, ressaltou o presidente do Sindicado dos Servidores Municipais (Sinsep), Luciano Ferreira de Mello.

O tratamento da Prefeitura com os servidores municipais nesses dois primeiros anos da atual gestão e a porcentagem ínfima concedida no reajuste são vistos como motivos suficientes para o distanciamento entre as partes e as queixas em uma categoria que já enxerga o prefeito de maneira negativa.

Lesados
Dentro do Sinsep, a visão é de que os funcionários municipais já foram duramente prejudicados em 2017 e 2018, sem nenhum aumento, logo no primeiro ano da atual gestão, e depois com somente 1,5% de reajuste, concedido no ano passado após pressão dos servidores e do sindicato. Mais uma vez, a intensão da Prefeitura era manter o 0% de 2017, o que política e administrativamente seriam trágicos para a gestão de Carlos Nelson.

Em 2017, 0% de aumento; no ano passado, somente 1,5%. E, em 2019?. (Foto: Arquivo)

O cenário piora se levado em conta a revisão de salários anunciados pela Prefeitura, no ano passado. A Secretaria de Administração anunciou, ainda no primeiro semestre de 2018, que os servidores municipais teriam seus vencimentos revistos por conta da auditoria realizada na folha de pagamento. Desde janeiro de 2017, a Administração Municipal iniciou uma conferência criteriosa na folha e constatou distorções, ou seja, enquanto alguns servidores municipais recebiam menos do que deveriam, outros ganhavam acima do valor legal.

As diferenças são resultados de erros nos dados que alimentavam o sistema para a elaboração da folha de pagamento. Foram constatadas situações nas quais não ocorreram a interrupção do pagamento de biênios, quinquênios e sexta parte durante os afastamentos. “Considerando o 0% de 2017, o 1,5% de 2018 e a regulamentação dos cálculos, houve sim uma lesão nos ganhos dos servidores. Eles têm uma vida em cima desses valores”, alertou Mello.

“Não é nenhum absurdo (cobrar o reajuste), é direito deles (servidores)”, atestou o presidente.

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