Com a presença de aproximadamente 20 servidores públicos em assembléia que discutiu a proposta de aumento salarial e de benefícios para categoria, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinsep) iniciou oficialmente as negociações para o dissídio. Será solicitado à Prefeitura um aumento de 13% nos salários.
Além do aumento, o sindicato deverá enviar um ofício com os benefícios solicitados pelos servidores presentes na reunião realizada na noite de quarta-feira, como por exemplo, um aumento de 25% no valor da cesta básica (atualmente de R$ 198), a opção de escolha entre cesta básica ou cartão alimentação, vale alimentação no valor de R$ 200, vale transporte e seis faltas abonadas por ano.
Os presentes se manifestaram criticando a qualidade das cestas básicas e mostrando preocupação quanto ao aumento que será dado neste ano. “No ano passado disseram que não poderiam dar aumento maior e agora estão falando que isso vai depender do Plano de Cargos”, disse um dos servidores, relembrando o aumento de 6,34% parcelados em duas vezes.
“Não temos que pensar em plano, porque senão será igual a gestão passada, quando prometeram uma reestruturação que não veio e a gente ficar a ver navios”, acrescentou outro participante, relembrando o plano de carreira questionado pela Justiça na gestão de Carlos Nelson Bueno.
Antes da discussão sobre o dissídio entre os funcionários públicos municipais, o vice-prefeito Gerson Rossi Junior e a secretária de Administração e Finanças, Elisanita Aparecida de Moraes, explicaram como está a saúde financeira atual do município e responderam questionamentos sobre o aumento salarial.
“Tivemos momentos difíceis, nós reconhecemos. Era o primeiro ano, tínhamos dívidas, problemas com precatórios… Mas tenho a esperança que vamos chegar a um denominador comum”, disse Gerson, relembrando a situação em 2013, quando servidores entraram em greve.
Aumento vai depender de Plano de Cargos e Salários
A secretária de Administração e Finanças, Elisanita Aparecida de Moraes disse acreditar que neste ano será possível “construir uma proposta salarial bacana para os servidores” devido ao trabalho de recuperação da saúde financeira pela administração.
O percentual permitido com despesas com pessoal diminuiu de 52,3% em dezembro de 2012 para 47,3% comparado ao mesmo mês do ano passado. O limite prudencial determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal é de 51,3%.
Uma reunião para apresentar o Plano de Cargos e Salários, feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) será realizado no dia 16, mas alguns itens já foram adiantados pela secretária. Segundo ela, a proposta é dar aumento maior nos salários base, ou seja, de quem ganha menos, para reduzir as distorções existentes.
Desta forma, o percentual do dissídio deverá afetar diretamente na reestruturação. “Até porque esses valores vão sair de um lugar só, que é a conta da Prefeitura”, salientou.