sábado, novembro 23, 2024
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Sindicato dos Servidores quer negociação salarial

De modo a evitar a situação ocorrida no ano passado, em que após rodadas de negociações envolvendo o aumento salarial, os servidores optaram pela greve, o sindicato já planeja começar as negociações com a Prefeitura. Mas o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinsep), Antonio Maciel de Oliveira, o Toninho, já avisa: os trabalhadores não irão engolir a mesma situação por mais um ano.

Uma assembleia deverá ser marcada em fevereiro para a elaboração de uma pauta de reivindicações
Uma assembleia deverá ser marcada em fevereiro para a elaboração de uma pauta de reivindicações. (Foto: Lúcia Maroni)

Uma assembleia deverá ser marcada em fevereiro com os funcionários públicos para a elaboração de uma pauta de reivindicações. “Maio é o mês limite para entrarmos em acordo, mas já quero começar em fevereiro para mostrar a nossa organização. Creio que a situação neste ano é melhor financeiramente e com certeza irá sobrar um dinheiro maior para os servidores”, comentou.

Sobre a possibilidade da deflagração de uma nova greve neste ano, Toninho acredita que ainda é cedo para saber. “A greve é um último recurso, quando todas as possibilidades de negociações já se esgotaram. Quero acreditar que não vai acontecer, mas os servidores não vão engolir a situação do ano passado mais uma vez”, disse, se referindo ao reajuste de 6,34% oferecido pela Prefeitura no ano passado.

Para este ano, o sindicalista acredita que a proposta dos trabalhadores será superior a 7%, para que seja possível que as categorias recuperem o piso salarial já defasado. A contratação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) teria como objetivo diminuir as disparidades salariais, porém, a equipe da instituição nunca foi apresentada ao sindicato.

“Até hoje, não sei o que eles estão fazendo. Ou estão esperando alguma coisa para nos mostrar, ou vão excluir o sindicato disso também”, revelou. A ação revela a falta de diálogo entre sindicato e Administração. Os casos da redução da jornada dos educadores e a equiparação salarial das auxiliares de creches são desconhecidas pelos representantes legais da categoria.

“Ainda não sabemos também como ficará a situação dos guardas municipais, porque o acordo coletivo que foi prorrogado em agosto, termina agora em 31 de janeiro e ninguém nos procurou”, acrescentou Toninho.

BALANÇO

O ano de 2013 para os servidores foi um ano de transtornos, aborrecimentos, desgastes e muito pesado, segundo descreve Toninho. “Esperávamos um pouco mais da administração. Para uma parcela dos servidores as mudanças teriam que ser rápidas, mas sabíamos que não seria possível”.

Com relação a greve, o presidente acredita que foi um grande aprendizado, mas que se novamente voltar a repetir, será difícil mobilizar tantas pessoas. “Não estamos prontos para outra greve”, admitiu. Essa foi a principal decepção para a categoria. “Entramos em greve nos lamentando. Ninguém queria fazer greve. Foi triste pra nós porque apoiamos (o prefeito) e cinco meses depois já veio essa decepção”, finalizou Toninho.

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