O comércio varejista de Mogi Mirim eliminou 62 postos de trabalho formal em março deste ano. O saldo negativo é resultado de 160 admissões e outros 222 desligamentos. Apenas no primeiro trimestre foram 508 contratações e outros 655 desligamentos. Os números são parte de um balanço divulgado na tarde de quinta-feira pelo Sindicato do Comércio Varejista de Mogi Mirim (Sicovamm), por meio de um estudo realizado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo, que mapeou a situação do comércio em diversas cidades do Estado, através dos sindicatos. Os dados acima mostram que o varejo na cidade já possui 147 vagas a menos neste ano, e são embasados pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, via Caged.
O balanço traça todo um parelelo do saldo e número de vagas disponíveis em diversos setores, que vão desde autopeças e acessórios e farmácias e perfumarias até supermercados. No acumulado dos 12 meses, se levado em conta os saldos de abril de 2015 a março de 2016, há uma perda de 318 empregos formais, neste caso com 2.079 admitidos, mas com 2.397 desligados. Atualmente, o comércio possui 4.645 trabalhadores ativos. Destes, 1.356 estão em atividades desenvolvidas em supermercados.
Líderes
Dois setores lideram o número de redução de vagas. São eles: concessionárias de veículos e lojas de vestuário, tecidos e calçados, que nos últimos 12 meses fecharam 129 postos de trabalho com carteira assinada.
A má formação de profissionais e a dificuldade no atendimento ao público, apontado há diversos anos como uma das causas de queda no comércio não é justificada no momento. De acordo com o presidente do Sicovamm, José Antônio Scomparim, o conturbado momento político e econômico do país influenciou para isso. “Hoje as demissões são mais devido à crise, que atingiu todos (os setores). Ela está sendo geral”, opinou.
Indagado se enxerga alguma perspectiva de melhora, Scomparim foi direto: “Nenhuma”.
O sistema político, implementado pelo governo da presidente afastada, Dilma Rousseff, mereceu críticas. “Foi uma política econômica totalmente esquizofrênica”, criticou.
Em São Paulo
A pesquisa apontou ainda um panorama do comércio em todo o Estado. Em março o varejo perdeu 13.277 empregos com carteira assinada, acumulando no primeiro trimestre, o saldo negativo de 46.718 postos de trabalho. No acumulado de abril de 2015 a março deste ano, houve uma perda de 71.993 vagas celetistas. Apenas os supermercados registraram saldo líquido positivo de empregos.