sábado, novembro 23, 2024
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Sonhos movem garotos em peneiras realizadas no CT de Mogi Guaçu

O sonho de conquistar uma vaga em um clube e iniciar uma trajetória rumo ao futebol profissional move milhares de garotos em diversos cantos do país. Nesta engrenagem, o Centro de Treinamento (CT) do Mogi Mirim, em Mogi Guaçu, foi palco de peneiras realizadas de terça a quinta-feira, 22 a 24 de novembro, no período da manhã, em seleção de nomes para as categorias de base do Sapo.

Mais de 100 garotos participaram das peneiras no Mogi, tentando dar início a uma carreira na bola. (Foto: Diego Ortiz)
Mais de 100 garotos participaram das peneiras no Mogi, tentando dar início a uma carreira na bola. (Foto: Diego Ortiz)

Promovidas pelo grupo Brasil Top Skills, novo gestor da base do Mogi Mirim, as peneiras avaliaram 141 garotos de diferentes cidades entre as categorias sub-15, sub-17 e sub-20. Foram aprovados 30 atletas.
Na luta por um lugar no mundo da bola, o zagueiro Nathan, de 17 anos, veio de Brasília-DF para treinar no centro de formação de atletas Bola Top, em Mogi Guaçu, que tem Todinho como um dos treinadores. Há aproximadamente um ano em treinamento, o garoto aproveitou para tentar a sorte na peneira do Mogi Mirim, mas amargou a decepção da reprovação no teste. O menino, que já fez testes no Vitória-BA, Ponte Preta-SP, Náutico-PE e Coritiba-PR, pretende seguir na batalha. “É difícil, mas é importante fazer, porque cada peneira que a gente faz, a gente vai se adaptando melhor. Chega uma hora que a gente consegue. Não vou desistir”, garantiu.

 

Zagueiro Nathan, de Brasília-DF, foi reprovado na peneira: "Não vou desistir". (Foto: Diego Ortiz)
Zagueiro Nathan, de Brasília-DF, foi reprovado na peneira do Mogi: “Não vou desistir”. (Foto: Diego Ortiz)

O lateral-direito Gabriel Carioca, de 18 anos, outro que está treinando no Bola Top, veio de Petrópolis-RJ tentar a sorte no Estado de São Paulo e vivia a ansiedade da resposta da avaliação, quando foi abordado pela reportagem de O POPULAR, nesta quinta-feira. “Eles não deram a resposta, pediram para eu aguardar. Acho que eu fui bem. Estou ansioso demais, deixei a família em casa atrás de um sonho, tudo o que eu quero é a resposta do sim”, afirmou.
Carioca teve 30 minutos para demonstrar seu talento, mas preferiu focar o trabalho em conjunto em vez de investir no individualismo para chamar a atenção, o que poderia prejudicá-lo. “O segredo é trabalho em equipe, não cansa tanto e a oportunidade que tem, mandar pro atacante, para não ter erro”, colocou o jogador, que já ficou três meses treinando no sub-13 do Fluminense-RJ.

Gabriel Carioca estava ansioso com resultado do teste do Mogi Mirim. (Foto: Diego Ortiz)
Lateral-direito Gabriel Carioca estava ansioso com resultado do teste do Mogi Mirim. (Foto: Diego Ortiz)

Filho de Du Cavalo, Gabriel avança

Filho do ex-jogador profissional Du Cavalo, o zagueiro Gabriel, de 15 anos, foi um dos mogimirianos a participar da peneira, com o desejo de defender o clube da cidade. Na quarta-feira, Gabriel foi aprovado e chamado a comparecer para outro teste, na quinta-feira.
No primeiro dia, Gabriel recebeu a dica do massagista do Mogi Mirim, Marcão, de que estava muito tímido e precisava se soltar mais. “Hoje eu vou me soltar mais e fazer o que sei fazer”, avisou, antes do treino de quinta-feira.
A escolha pela posição de zagueiro foi inspirada no pai, conhecido pela qualidade técnica para sair jogando e pela impulsão privilegiada. “Eu não sei, mas todo mundo diz que vê eu jogando e que eu pareço com ele. Eu acho que sei sair jogando bem”, respondeu, quando questionado se considera ter estilo semelhante ao pai.

Filho de Du Cavalo, Gabriel também atua como zagueiro, inspirado no pai. (Foto: Diego Ortiz)
Filho do ex-atleta profissional Du Cavalo, Gabriel também atua como zagueiro, inspirado no pai. (Foto: Diego Ortiz)

Outra semelhança com Du é ser cobrador de falta. “Gosto de fazer lançamento”, completou o garoto, que já havia feito peneira no Internacional de Limeira, há cerca de três anos, mas não foi aprovado.
Em termos de altura, Gabriel, com 1,78 metro, já ultrapassou o pai, de 1,75. Com uma coleção de títulos no futebol amador regional, o pai de Gabriel jogou na base do Corinthians, atuou profissionalmente pelo União São João e Portuguesa Santista e é apontado por esportistas como um desperdício de talento, pois poderia ter chegado a grandes clubes se não fosse a indisciplina e o desleixo com a carreira. “Quero seguir meu sonho, minha carreira e tenho um exemplo dentro de casa. Tudo que ele fez, eu tenho que fazer o contrário”, observa, revelando receber conselhos do pai.

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