A série de pontos facultativos decretados pelo prefeito Gustavo Stupp (PDT) desde a semana passada e que voltarão à cidade entre o final do mês e o início de novembro é alvo de reclamações de munícipes por todos os lados, sobretudo, daqueles que dependem dos serviços. Após conceder ponto facultativo na quinta e sexta-feira, dias 13 e 14, logo após o Feriado de Nossa Senhora Aparecida, o prefeito, na próxima semana, concederá novas folgas, que somadas, farão com que o Poder Público não funcione em sua totalidade por quase uma semana. Em entrevista ao O POPULAR, Stupp admitiu que seu desejo era não suspender os serviços, mas que o momento é de prudência visando manter os compromissos com os funcionários.
“Escolhemos como prioridade não parar a Prefeitura, não atrasar a folha. Escolhemos como prioridade manter a máquina. Nessas datas a procura pelos serviços públicos é bem menor. Manter aberto com ociosidade, neste momento, não é prudente”, frisou.
Para a próxima sexta-feira, o prefeito concedeu ponto facultativo em alusão ao Dia do Funcionário Público. Na segunda-feira, dia 31, e na terça-feira, dia 1º de novembro, novos pontos facultativos. Se contar o sábado e domingo, e a quarta-feira, dia 2, feriado do Dia de Finados, serão seis dias com serviços funcionando pela metade. Isso vem causando reclamações de munícipes e virou alvo dos vereadores na Câmara Municipal.
“Claro que queria deixar tudo aberto, funcionando sempre, é o melhor dos mundos, mas nós temos que ter uma visão agora bem responsável frente à crise que o país enfrenta. É para não travar a máquina, igual a outros municípios que estão parcelando salários, não estão pagando funcionários, arrancando os serviços públicos”, justificou.
UBS
Em relação às Unidades Básicas de Saúde (UBSs), motivo da ira de populares e vereadores, Stupp alegou que embora exista demanda, a experiência mostra que o movimento é bem menor durante esses dias e também no final do ano, quando a Prefeitura irá suspender os serviços por mais de dez dias. “Manter a Santa Casa com bom relacionamento que temos mantido nesses quatro anos exige sacrifício financeiro em detrimento a outras situações que precisamos fazer. Para atender o munícipe com qualidade em casos de qualquer emergência de saúde, a Santa Casa está bem sadia, funcionando bem”, completou.
Ações
Stupp revelou ainda que parte da folha de pagamento está comprometida com inúmeras ações trabalhistas, segundo ele, herdadas das últimas administrações municipais.
“Outra coisa que está comprometendo muito o nosso orçamento são ações trabalhistas do passado. É R$ 1 milhão, R$ 500 mil, R$ 300 mil que tem que pagar indenização de problemas trabalhistas que teve anterior à nossa gestão, e isso tem comprometido muito o nosso trabalho”, explicou.
Estamos preparados, diz Secretária
Em entrevista à reportagem, a Secretária de Saúde Beatriz Gualda afirmou que o setor estará preparado para atender a demanda no final do ano, quando haverá ponto facultativo nas repartições públicas de 19 a 30 de dezembro, com a retomada das atividades somente no dia 2 de janeiro. Bia explicou que serão criados polos de atendimento concentrados em três locais, que atenderão pacientes de outras regiões. A Unidade Básica de Saúde (UBS) Antônio Albejante, na zona Leste, recepcionará os usuários das unidades Vanderlei Silva Bueno e José Antônio Seixas. A situação ainda se repetirá em outras duas regiões da cidade.
Na zona Norte, a UBS da Santa Clara atenderá os usuários das unidades do Jardim Paulista, Parque do Estado e da Santa Cruz; na zona Sul, a UBS da Maria Beatriz ficará com os pacientes das unidades do Jardim Planalto, Aterrado e Martim Francisco. Atuarão em sistema de plantão a Vigilância Epidemiológica, Laboratório de Análises Clínicas e o setor de transporte. Os serviços disponibilizados no plantão consistirão em curativos, inalação, vacina, farmácia e laboratórios.
“Estamos preparados sim, teremos esses três polos que funcionarão em sistema de plantão e execução dos serviços essenciais”, afirmou.
