Inaugurado para se tornar uma das principais áreas esportivas de Mogi Mirim, o Núcleo Integrado de Atividades Sociais (Nias), no Mogi Mirim II, na zona Leste, está à deriva. Atualmente, a última função vista no local é o esporte, principal ferramenta em seu projeto de criação, já que a imagem vista é desanimadora, para não dizer revoltante. Completamente abandonado, padece de qualquer condição para atividades e não possui nenhuma modalidade oferecida pela Prefeitura.
Os problemas começam logo na entrada. Alambrados estão destruídos e não oferecem qualquer tipo de proteção. Não existe ninguém na portaria e o local, que faz homenagem a Antônio Carlos Guarnieri, o Toca, está tomado por pichações. Vidros estão quebrados e há muita sujeira. É possível notar restos de lixo por diversos cantos do complexo, como nos vestiários.
O cenário é horrendo, com total sinal de abandono. É nítido perceber que uma limpeza ali não é realizada há muito tempo. As pias estão sujas e não existem torneiras. Restos de luminárias e até vasos sanitários estão no local.
Não é de hoje que moradores e munícipes em geral denunciam que o Nias é frequentado por moradores de rua e usuários de drogas. O POPULAR, desde 2013, primeiro ano da gestão de Gustavo Stupp, já publicou diversas reportagens sobre os problemas no complexo esportivo, sem que nenhuma solução por parte do Poder Público fosse tomada.
Para se ter uma ideia, nenhuma atividade oficial é oferecida hoje em dia pela Prefeitura. O espaço é utilizado por poucos munícipes que aproveitam a pista no entorno do campo de futebol para caminhar.
Reforma?
No primeiro semestre de 2014, a Administração divulgou que um projeto elaborado pela Secretaria de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel) e a Secretaria de Captação, Gestão e Controle, tinha como objetivo revitalizar o espaço.
O investimento de R$ 309.382,63 seria proveniente de recursos federais captados por um convênio junto ao Ministério do Esporte.
O projeto previa a reforma da área em que se encontra o campo de futebol, a construção de uma casa de caseiro, instalação de alambrado em torno da arquibancada, reforma dos vestiários, sanitários e portaria.
A instalação de parte elétrica, com um moderno sistema de iluminação do campo, completava o projeto, que não saiu do papel até o momento.
O Nias foi construído como contrapartida pedida pela Prefeitura ao ex-presidente do Mogi Mirim Esporte Clube, Rivaldo Vitor Borba Ferreira, para autorização e construção do Residencial do Jardim, duas torres residenciais levantadas à Praça Floriano Peixoto, o Jardim Velho, e já em pleno funcionamento.