
Sob a responsabilidade da Prefeitura, a Santa Casa de Mogi Mirim se encontra em meio a mais uma polêmica levantada esta semana. O aparecimento de uma superbactéria de nome acinetobacter na Unidade de Terapia Intensiva (UTI Adulta) teria causado a morte de um paciente, em consequência de negligência com a limpeza do hospital por falta de funcionários.
Diretores do hospital afirmam que morte de paciente causada por essa superbactéria é uma inverdade e garantem que a situação está sob controle e que não há risco nem para pacientes e nem para a população que frequenta a Santa Casa.
A denúncia foi feita pelo vereador Tiago Costa (MDB).
“A saúde de Mogi Mirim chegou ao limite do caos. Uma superbactéria atacou pacientes da UTI, provocando até mortes. E sabe por quê? Porque faltam 20 funcionários. Isso é responsabilidade da prefeitura. A Santa Casa está pior agora, do que antes”,
Os médicos Vitor Augusto de Andrade (diretor técnico), João Paulo Grecco (clínico infectologista, responsável pelo setor no hospital) e Lúcia Tenório (diretora clínica) tranquilizam a população.
Para eles não há motivo para entrar em pânico.
“A situação está sob controle. Não há risco nem para pacientes nem para a população que frequenta o hospital”, afirmou Lúcia Tenório.
Segundo João Grecco, a acinetobacter é um germe presente no solo e em todo o lugar, não só em ambiente hospitalar. É uma bactéria tratada com antibióticos, por exemplo.
“Ela só apareceu devido ao uso irracional de medicamentos e a falta de insumos para a limpeza do ambiente, que já foi solucionado, mesmo tendo uma equipe reduzida”, observou o infectologista.
Em relação a suposta morte de paciente por conta da acinetobacter, a equipe interventora do hospital informa que nove pacientes contraíram o germe, um deles vindo a óbito. Mas não por causa da superbactéria, propriamente dita, segundo os médicos da Santa Casa.
A falta de mão de obra tem sido um problema para a Santa Casa. Desde que assumiu a intervenção judicial da Santa Casa, 33 funcionários pediram a conta. O hospital necessita de 20 profissionais, mas precisa de autorização da Justiça para fazer as contratações.
E como justificativa para a necessidade de contratar pessoal, o hospital citou no documento interno o aparecimento da superbactéria, causada, entre outros motivos, também pela falta de pessoal.
“Foi solicitada reposição de mão de obra e citado o aparecimento da bactéria como justificativa. Só isso. É claro que com o aumento do quadro de funcionários a situação vai melhorar ainda mais”, explicou Vitor de Andrade.
O Ministério Público já deu parecer favorável à contratação, solicitação que a Justiça deve atender nos próximos dias.