Policiais militares da Força Tática prenderam, na madrugada de ontem, dois homens apontados como membros de uma quadrilha de roubo a caixas eletrônicos de agências bancárias. Foram presos Marcelo Barbosa Gustafer, de 35 anos, e Wagner Barbieri, de 37, ambos moradores de Mogi Guaçu, suspeitos de darem suporte na logística e organização de crimes. Os dois foram presos enquadrados em organização criminosa, posse ilegal de arma e munição de calibre restrito e receptação de veículos.
A origem da prisão foi um patrulhamento de policiais pela Avenida José Rodrigues Neto, a Avenida das Torres, na região do Fantinato. A Polícia desconfiou de um veículo Hyundai, de cor preta, com placa de São Paulo, que estava encostando perto de uma carreta parada à Avenida Victor Bueno, no Jardim Novo II. A atenção dos policiais foi despertada pelo fato de os veículos serem semelhantes aos usados em ação de explosão a caixas eletrônicos no Boulevard Bandeirantes, no Parque Cidade Nova, e em Pedreira, onde a Polícia Militar (PM) conseguiu frustrar a ação.

A polícia realizou pesquisa de emplacamento e constatou que o Hyundai era roubado. No interior do carro, também havia um par de placas que seriam as originais do veículo.
Com a constatação do roubo do carro, outras viaturas foram acionadas para dar apoio e a dupla foi conduzida até uma chácara no bairro Santa Felicidade, às margens da Rodovia SP-342. Em uma das versões, Wagner disse que apenas conduzia o Hyundai para Marcelo. Já Marcelo contou ter pegado o carro em uma chácara para dar umas voltas.
O motorista da carreta também foi levado à delegacia, mas acabou liberado pela não comprovação de participação na quadrilha. O homem é empregado do dono da carreta, que também é proprietário da chácara onde estava escondido um arsenal utilizado em ações de roubo e furto a banco e caixas. A suspeita é de que a dupla teria escondido o material no local.
Arsenal
Na mesma chácara, foi localizado um veículo, Outlander, blindado e com placas de São Paulo, que era furtado. Neste carro, foram localizados uma marreta, cinco coletes à prova de bala, três alavancas “pé-de-cabra”, 57 “miguelitos”, que são ferros entrelaçados para furar pneus, e duas toucas ninjas balaclavas. Também foram localizadas roupas geralmente utilizadas em ações criminosas. Algumas das peças estavam manchadas com tinta semelhante às utilizadas em caixas para inutilização das cédulas.
Já na residência de Marcelo foi encontrada uma metralhadora calibre .40, de fabricação artesanal.
A esposa do dono da chácara declarou que o marido estava viajando e que teria emprestado o imóvel para Marcelo fazer uma festa. No entanto, existe a suspeita de que a chácara poderia estar sendo usada para a organização dos crimes. (Com informações de Karina de Araujo da Gazeta Guaçuana)