A Polícia Militar (PM) prendeu, na tarde de sábado, o vigilante Fabrício José Bazan, de 43 anos, na região central de Mogi Mirim. Ele é suspeito de ter atirado contra a ex-companheira, a ajudante geral Priscila Pereira Ribeiro, de 32 anos. O crime ocorreu na última quarta-feira, dia 10, à Rua José do Amaral Mello, no bairro Jardim Silvânia, zona Norte, onde a vítima reside. Priscila foi socorrida pelo resgate municipal até a Santa Casa local onde permanece internada.
Bazan, desde então foragido, foi localizado por volta das 16h, na Rua Três de Abril. O vigilante foi capturado por meio de um mandado de prisão temporária pelo crime registrado como homicídio simples. O inquérito policial foi instaurado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
Ele foi recolhido à Unidade de Detenção, em Itapira, onde deve ficar preso por cinco dias, conforme ordem expedida pela juíza da 2ª Vara Criminal, Fabiana Garcia Garibaldi. “Decorrido o prazo assinado, deverá o preso ser posto imediatamente em liberdade, salvo na hipótese de prorrogação da prisão temporária ou decreto de prisão preventiva”, determinou a magistrada.
O caso causou revolta, principalmente entre familiares e amigos, já que esta seria a segunda vez que Bazan tenta tirar a vida de Priscila. A primeira foi em fevereiro de 2014, quando ela também foi baleada no momento em que deixava uma pastelaria, na cidade de Mogi Guaçu. O vigilante, que já responde por tentativa de homicídio, lesão corporal e ameaça contra a vítima, agora foi indiciado por homicídio simples e violência doméstica.
O crime
Segundo os policiais militares que atenderam a ocorrência, pelo menos quatro disparos foram efetuados. O suspeito fugiu, logo após a ação, em uma moto. De acordo com o boletim de ocorrência, os tiros atingiram a boca e o tórax da ajudante que, no mesmo dia, passou pelo Centro Cirúrgico. Na manhã de ontem, a Assessoria de Comunicação do hospital informou que o estado da vítima ainda é estável.
A ajudante teria sido abordada por Bazan em frente à residência da irmã. Uma das testemunhas, o cunhado da vítima, relatou à polícia que Priscila está morando próximo a sua casa, na mesma rua, desde que se separou do vigilante. Ele ainda contou que, por volta das 12h30, foi surpreendido com o barulho dos tiros. Ao sair para ver o que tinha acontecido, deparou-se com a ajudante caída na calçada e sangrando. Foi nesse momento que o cunhado revelou ter visto Bazan saindo rapidamente do local em uma Titan prata.
Na manhã daquele dia, assim que saiu para trabalhar, o cunhado ainda disse que encontrou com o vigilante circulando nos arredores das residências. Familiares relataram que o ex sempre a perseguiu, causando problemas. Recentemente, ela havia reatado o relacionamento por pressão emocional e medo. No entanto, houve um novo rompimento da relação, fato que o vigilante não teria aceitado. Embora tenha alegado não ter visto Bazan segurando um revólver, a testemunha disse que o vigilante possui armas.