sexta-feira, novembro 22, 2024
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Sustentabilidade

Quem está minimamente ligado com o que ocorre no mundo atual, deve estar ciente de ações emergenciais que devem ser tomadas para garantir a preservação do meio em que vivemos. Os noticiários não deixam dúvida que a falta de água no mundo deve ser a maior ameaça para a humanidade. E não precisa ir muito longe. Basta perceber que o sistema Cantareira, que abastece cidades no entorno de São Paulo, já sofre com a escassez, o que deve levar o governo do Estado a adotar estratégia de contenção para evitar um colapso generalizado.

A verdade é que pagamos o preço da falta de prevenção nas últimas décadas. Lembro-me dos meus 10 anos de idade, quando frequentava a escola. Eu, assim como meus colegas, recebia informações sobre a preservação do meio ambiente, da economia de água e da poluição, que poderia provocar o aquecimento global que hoje é notícia no mundo todo.

Naquela fase da minha infância, o termo sustentabilidade ainda era de difícil entendimento. Pra falar a verdade, não era algo muito na moda, porque quando se falava, por exemplo, em meio ambiente, dava a impressão que referia-se a algo que não estivesse tão próximo da gente.

Mas, o meio ambiente é onde nós vivemos. É dele que tiramos tudo para conseguir sobreviver. E devolvemos ao meio ambiente aquilo que é descartável, em forma de lixo. Assim, jogamos fora uma infinidade de coisas que, se fossem aproveitadas, certamente daria condições de ferir bem menos o meio em que vivemos.

Na noite do dia 8 de abril, terça-feira, participei de um evento que apresentou o resultado final de um projeto piloto de compostagem do lixo da cidade, realizado no ano passado pela Prefeitura de Mogi Mirim em parceria com a Basf, Romapack, InAmbi, Construrban, Visafértil e outros parceiros que compartilharam deste ideal.

O resultado foi magnífico, embora o evento tenha atraído um número muito pequeno de interessados. Fiquei feliz de saber que produzimos em 2013 um projeto inovador. Mogi Mirim ficou na vanguarda, porque pela primeira vez uma Prefeitura teve a oportunidade de desenvolver algo do gênero voltado para a conservação do planeta.

Tudo bem que o projeto é piloto, envolveu 700 famílias, mas preparamos a coleta seletiva do lixo orgânico de uma parte da cidade, porque se não fosse dessa forma, esse lixo seguiria seu curso natural até o aterro sanitário. O resultado é que transformamos o lixo recolhido em adubo orgânico, composto que certamente nos dá ideia do que fazer com o lixo que sai de casa.

É claro que o projeto tem condições de ser ampliado e ser mantido constantemente. Essa iniciativa, aliás, é uma forma do Município contribuir com a preservação do meio ambiente, mas este conceito de sustentabilidade, que defendo há anos, antes mesmo de me tornar vereador e depois prefeito, depende da iniciativa de cada um de nós.

Hoje nem podemos mais falar que é uma opção e que existe chance de errar, porque se continuarmos a causar tantos danos aqui onde nós vivemos, as futuras gerações pagarão ainda muito caro. Acho que cada um tem condição de fazer algo coisa, mesmo que isso beneficie sua própria família. Se defendo que Mogi Mirim seja uma cidade sustentável, isso depende também de ações isoladas de cada cidadão.

Minha maior preocupação como gestor público é criar iniciativas e torná-las viáveis para serem implantadas em nossa cidade. Não só em relação à compostagem do lixo, mas estamos no aguardo de recursos do governo federal para também reformular galerias de água da região central, onde o desperdício é muito grande. São ações como esta, em parceria também com a população, é que podemos transformar Mogi Mirim em uma cidade sustentável. Em um ambiente muito melhor para nossos filhos.

Gustavo Stupp é prefeito de Mogi Mirim.

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