DA REDAÇÃO
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Enfim, um hiato se encerra. Em 2022, a Fórmula Indy, uma das principais categorias do automobilismo mundial, volta a ter uma mulher no grid de largada. Tatiana Calderón foi anunciada na A.J Foyt Racing e correrá 12 das 17 etapas do calendário Dallara Chevrolet de número 11.
A colombiana é de Bogotá, de 28 anos e confirmou as expectativas criadas desde que testou o carro em Mid-Ohio, em julho do ano passado. Ela estará presente nos circuitos mistos e de rua, e estreou já na etapa do último domingo, dia 27 de fevereiro, quando foi a 24ª colocada no Grande Prêmio de Saint Petersburg.
Com a ida de Tatiana para a categoria, a história também é feita. O motivo é que a pilota com experiências no Mundial de Endurance e Super Fórmula se tornou a 11ª mulher a correr ao menos uma prova na Indy.
A primeira que abriu as portas para as sucessoras foi Janet Guthrie. A norte-americana participou de três edições das 500 Milhas de Indianápolis e teve uma nona colocação em 1978 como melhor resultado. A primeira, em 1976, e a última, 1980, não conseguiu se classificar.
Desiré Wilson – sim, a que tentou correr também na F1 -, tentou se classificar três vezes para a Indy 500 entre 1982 e 1984, falhando em todas. Ainda, fez algumas corridas na IndyCar World Series e teve uma décima posição como melhor chegada da carreira.
Já Lyn St James fez grande história. Além de ter corrido em Indianápolis entre 1992 e 2000 com uma 11ª colocação como melhor resultado, foi a primeira mulher a ter ganhado o prêmio de Estreante do Ano da corrida. Ainda, fez sete etapas da categoria e chegou em oitava como melhor posição.
Outro nome de respeito que esteve no certame foi Sarah Fisher. Com nove participações nas 500 Milhas, ainda se tornou a primeira mulher a conseguir uma pole-position em uma categoria de fórmula dos Estados Unidos, além de ter conseguido dois pódios enquanto esteve no grid – entre os anos de 1999 e 2009.
Danica Patrick é, sem dúvidas, o nome mais conhecido e de maior sucesso entre as mulheres da Indy. Até hoje, é a única competidora a ter vencido na categoria em Motegi 2008, além de ter subido ao pódio seis vezes e teve em 2009 o melhor resultado de uma mulher na Indy 500 ao chegar em terceira.
Entre 2007 e 2009, a venezuelana Milka Dunno marcou presença na categoria norte-americana. Sem conseguir resultados expressivos, as melhores posições de chegada foram duas 14ª colocações.
Simona de Silvestro é outra bastante conhecida pelos aficionados por automobilismo. A suíça esteve no pelotão entre 2010 e 2013 onde chegou a conseguir um pódio, voltou para provas esporádicas nos anos seguintes e em 2021 participou das 500 Milhas em uma equipe totalmente feminina.
A brasileira Bia Figueiredo também deixou marcado seu nome nos Estados Unidos. Antes de chegar à Indy, correu na Indy Lights e até hoje é a única mulher a ter vencido na categoria. Depois, ficou no grid entre 2010 e 2013 e teve quatro participações na Indy 500 com uma 15ª posição como melhor resultado.
Pippa Mann é uma apaixonada por Indianápolis e já correu sete edições da tradicional corrida – um 16º foi o melhor que já conseguiu. Ainda, chegou a disputar algumas provas esporádicas da Indy, mas sem grandes resultados. Por fim, Katherine Legge e sua breve passagem pela categoria de fórmula. A inglesa jamais chegou a correr uma temporada completa, mas disputou em 2012 onde teve um top-10, e voltou para as 500 Milhas de Indianápolis em 2013.
CRÉDITO DA FOTO: Yesid Pamplona