Revelado pelo Mogi Mirim, o zagueiro Thiago Martins relembra a chegada ao Palmeiras e a idolatria vivenciada no Paysandu, onde jogou no ano passado.
Boteco – Muitas histórias curiosas na chegada ao Palmeiras?
Thiago – Tem umas coisas, os caras ficaram olhando para mim, tipo assim: “quem é que é esse moleque aí que está chegando?”. Eu saindo do Mogi indo para lá… Aí eu pensei: “esses caras aí, marrentos, né?” Depois foi passando.
Boteco – E quem se aproximou mais de você? Houve trote?
Thiago – Não teve trote, mas eu já conhecia o Tiago Alves do Mogi. Aí o Tiago, eu fui me entrosando com ele, ele foi falando com os caras, depois ficou de boa.
Boteco – Aconteceu alguma situação engraçada?
Thiago – Eu estava saindo de carro e tinha um monte de criancinha na frente do CT pedindo para tirar foto. Aí bateram no vidro do meu carro. Eu abri. Aí ele falou assim: “e aí Leo Cunha?”. Léo Cunha é um menino que não parece nada comigo. Aí eu falei: “você tá de sacanagem, comigo? Me chamar de Léo Cunha? Você não torce pro Palmeiras”. “Torço, pô”. “Mas você me chama de Léo Cunha, pô?”. Aí o moleque ficou todo sem graça. Aí eu dei risada junto com ele, dei o autógrafo dando risada e fui embora. Aí eu falei pro Léo Cunha. “Sacanagem, sou muito mais bonito que você. Tá de brincadeira!”.
Boteco – E como foi a recepção em Belém, no Paysandu?
Thiago – Lá a gente é muito conhecido. Gostei de ir pra lá, foi um aprendizado muito grande, conheci pessoas novas, culturas novas e além de tudo jogar, que eu estava precisando jogar.
Boteco – Muito assédio nas ruas?
Thiago – Muito assédio, toda vez tira foto, dá autógrafo. A galera falando de Paysandu. Porque lá é Paysandu e Remo o tempo todo, toda hora tem alguém falando.
Boteco – Você se assustou na primeira vez em que foi reconhecido?
Thiago – Foi uma experiência muito legal. Porque no Palmeiras eu não era tão conhecido, depois que fui pra Belém começou muito assédio, até quando meus pais foram, a Bianca (namorada) foi, eles não acreditaram que era aquilo. Todo mundo reconhecendo, tirando foto, pedindo autógrafo…
Boteco – Teve que mudar a rotina?
Thiago – Você já pensa mais no que vai fazer. Mudar a rotina não, porque minha rotina sempre foi treinar, saio para jantar, vou no shopping dar uma passeada, mas nada de festas, essas coisas nunca precisei mudar.
Boteco – Naquela região os torcedores são mais calorosos?
Thiago – São mais calorosos, fanatismo impressionante.
Boteco – E sua namorada quando chegou, ficou com ciúmes do assédio?
Thiago – Ela ficou meio assim, tinha hora que ficava até brava. Eu falei: “acostuma”. Elas chegam para tirar foto, isso e aquilo e aí abraça. Aí eu falo: “não tem nada, só vão tirar foto, fica tranquila”. Aí já vai dando risada, entrosa também, já vai conversando, agora já acostumou, já.
Boteco – Mas elas chegam pedindo WhatsApp?
Thiago – Isso, não, mas nem se pedir… Só pedem autógrafo, tiram foto, as que passam muito do limite eu já vou saindo, já conheço a minha namorada também, já vejo que ela está ficando brava, já vou contornando a situação para não ter problema com nenhuma das partes.
Boteco – Thiago volta para contar as estratégias para marcar os atacantes e lembrar o duelo contra Fred, do Fluminense.